ECONOMIA
Exportações do RS somam
US$ 3 bi no primeiro bimestre de 2024
Valor representa queda de
8,3% em relação ao mesmo período de 2023, mas é o terceiro maior da série
histórica
As exportações do Rio
Grande do Sul somaram US$ 3 bilhões no primeiro bimestre de 2024. O valor
representa uma queda de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, o
equivalente a US$ 266,1 milhões. Apesar da queda, o número é o terceiro maior
da série histórica iniciada em 1997, atrás apenas do registrado em 2023 e 2022,
e deixou o RS na sétima colocação no ranking brasileiro dos principais estados
exportadores, responsável por 6,2% do total embarcado no País no período.
Os
números das exportações gerais do Estado foram divulgados nesta quarta-feira
(27/3), pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de
Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG).
Principais destaques
- Entre os destaques positivos da pauta de exportações no período, além do fumo
não manufaturado, as vendas de máquinas de energia elétrica e suas partes
(total de US$ 131,06 milhões; +57.228,6%), polímeros de etileno, em formas
primárias (total de US$ 113,62 milhões; +60,3%) e madeiras em bruto e
manufaturas de madeira (total de US$ 80,8 milhões; +24,7%) obtiveram as
principais altas em vendas.
O resultado da venda de
máquinas, explica Leães, está atrelado às compras realizadas pelos Estados
Unidos para contemplar o seu plano de modernização da rede elétrica. “A
iniciativa do governo estadunidense é vista como imprescindível para que o país
atinja suas metas de 100% de energia limpa até 2035 e zero emissões de carbono
em 2050”, explicou.
Destinos
- Nos dois primeiros meses de 2024, o Rio Grande do Sul exportou para 171
países, e a China seguiu como o principal comprador dos produtos gaúchos,
responsável por 20,5% do total. O ranking dos países é seguido por Estados
Unidos (13,4% do total), União Europeia (12,8%), Vietnã (4,8%) e Argentina
(4,1%).
China e EUA registraram
alta nas compras do Rio Grande do Sul, sendo o país asiático com um aumento de
15,8% em relação ao ano anterior e o norte-americano com um comércio 41,6%
maior na comparação com o primeiro bimestre de 2023. União Europeia (-14,2%),
Indonésia (-90,9%) e Índia (-79,9%) tiveram redução nas compras do Estado.
Para
2024, o boletim do DEE destaca ainda questões conjunturais que devem afetar os
movimentos do comércio no ano – como a colheita de safra de soja sem efeitos da
estiagem (ao contrário do que foi registrado nos dois últimos anos), a redução
nos preços das commodities agrícolas (em especial da soja), a continuidade das
compras dos Estados Unidos para a modernização de sua rede elétrica e a crise
econômica da Argentina (principal parceiro comercial do RS na América do Sul).