Com forte produção na segunda safra e nova usina em construção, estado se destaca no setor de biocombustíveis
O Paraná vem ganhando protagonismo na produção de milho para biocombustíveis, com destaque para a região de Campo Mourão. Segundo levantamento da plataforma EEmovel Agro, em um raio de 120 km a partir do município, são mais de 3,1 milhões de hectares cultivados com milho na segunda safra, com produção estimada em quase 259 milhões de sacas. Esse volume representa um potencial de mais de 6,2 milhões de litros de etanol de milho — quase o dobro da capacidade observada em Nova Mutum (MT), onde já existe uma usina em operação.
A construção da nova usina da COAMO em Campo Mourão reforça esse cenário. Com capacidade para processar 1,7 mil toneladas de milho por dia e produzir 765 mil litros de etanol diariamente, o projeto recebeu investimento de R$ 1,7 bilhão. Embora a soja continue sendo a principal cultura da região, o milho se consolida como o segundo grão mais cultivado, com destaque para os municípios de Ubiratã, Mamborê e Campina da Lagoa.
Além do forte desempenho no campo, o estado conta com uma infraestrutura robusta para armazenagem e logística. São quase 39 milhões de toneladas de capacidade distribuídas em mais de 5 mil silos, fator que contribui para o escoamento eficiente da produção e torna o Paraná ainda mais atrativo para novos investimentos no setor de biocombustíveis.