Enquanto Rio Grande do Sul e Santa Catarina escapam de prejuízos, Paraná sofre com geada intensa que atingiu trigos em frutificação e formação de grãos
As geadas registradas nesta semana tiveram impactos distintos nas lavouras de trigo do Sul do Brasil, conforme análise da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, o frio intenso não afetou a cultura, que ainda está na fase de gramínea, estágio resistente às baixas temperaturas. No entanto, a volta das chuvas impediu o avanço do plantio em algumas regiões, com previsão de novos atrasos nas próximas semanas.
Em Santa Catarina, as geadas também não causaram danos às plantações, já que o trigo catarinense é cultivado mais tardiamente. Na maioria das áreas, o plantio ainda está em fase inicial ou nem foi realizado, o que evitou perdas mesmo com as temperaturas baixas.
Por outro lado, o Paraná enfrentou o evento climático mais severo. Segundo técnicos consultados pela TF Agroeconômica, a geada da madrugada de 25 de junho foi considerada a mais forte dos últimos 15 anos e atingiu em cheio os trigos em frutificação e formação de grãos. A intensidade foi confirmada por temperaturas negativas em diversas regiões do estado, como a Serra do Cadeado e a Serra de São Luís do Purunã. Ainda é preciso aguardar a quantificação dos danos, mas relatos apontam prejuízos relevantes para a produtividade.