Depois dos estados de Goiás, Mato Grosso, Piauí e Mato Grosso do Sul, o setor produtivo do Maranhão também aderiu ao imposto do agro. Anunciado esta semana, durante a Agrobalsas, na cidade de Balsas, no sul do Maranhão.
Os produtores rurais sabem das dificuldades vividas pelo Maranhão no momento e aceitaram arcar com o imposto, desde que não sozinhos. Pelo que se sabe, o Maranhão também é um grande produtor de celulose e a frota utilizada para a logística de transporte, acaba de certa forma deteriorando as estradas, por isso, eles querem dividir este peso do tributo com outros segmentos produtivos. A intenção é a de envolver outros setores como o extrativista e de outras cadeias produtivas.
O secretário de Agricultura do Maranhão, Diego Rolin, destacou a importância desse tributo para impulsionar os números do agronegócio em âmbito estadual e nacional. “É um aporte necessário para contemplar esse importante setor responsável por fazer girar a roda da economia do estado”.
Produtores rurais e líderes do agronegócio comemoraram os resultados do encontro com o governador do Maranhão, Carlos Orleans Brandão Junior, envolvendo a redução da taxa de fiscalização de grãos e o imposto do agro, baixando de 1,5% para 1%, igualando ao percentual cobrado pelo Piauí.
Os agricultores aproveitaram o encontro com Carlos Brandão, e fizeram uma série de reivindicações em prol do agronegócio. Todos foram unânimes ao entender que frente ao desenvolvimento agrícola do Maranhão nos últimos anos, é mais do que necessária uma fonte de recursos para custear os investimentos exigidos para a malha viária e estrutural.
Na ocasião, o governador se comprometeu a debater o assunto mais a fundo com o setor e buscar uma solução para atender os interesses tanto do Estado como da cadeia produtiva. Em Goiás, o imposto já está em vigor. Foi criado o Fundo de Infraestrutura (Fundeinfra), taxando o agronegócio goiano em até 1,65%.
Os estados justificam a criação do imposto com o propósito de melhorar a infraestrutura de rodovias, pontes e aeródromos. A taxação sobre a produção impacta diretamente o produtor rural. O governo de Goiás defende que a contribuição é opcional, entretanto, é obrigatória para que sejam mantidos os benefícios fiscais e regimes fiscais especiais de tributação.