SCRI celebra 20 anos com avanços históricos no agro
Com quase 500 aberturas de mercado, SCRI amplia o acesso internacional e fortalece a presença global do agro brasileiro
Cerimônia no Mapa marcou os 20 anos da SCRI e reuniu autoridades, ex-secretários e representantes do setor produtivo. Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária / Divulgação
A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária completou vinte anos como protagonista da inserção internacional do agronegócio brasileiro. Desde 2005, a SCRI conduz negociações sanitárias e fitossanitárias, fortalece o diálogo com parceiros estrangeiros, atua em temas tarifários e de defesa comercial e coordena ações de promoção e inteligência que ampliam o acesso dos produtos do agro aos mercados globais.
Ao longo dessas duas décadas, a secretaria aprimorou seus instrumentos de inteligência comercial e ampliou de forma expressiva a rede de adidâncias agrícolas. Desde o início da atual gestão, houve a abertura de 499 novos mercados e a ampliação de mais de 200.
Esses resultados, alcançados em parceria com a Secretaria de Defesa Agropecuária, o MRE, a ApexBrasil, o MDIC e o setor produtivo, já representam mais de US$ 3 bilhões em exportações e têm potencial para chegar a US$ 33 bilhões nos próximos anos.
De acordo com o secretário Luis Rua, cada avanço representa uma oportunidade transformada em renda e desenvolvimento. Ele ressaltou que celebrar os vinte anos da SCRI significa reconhecer um projeto nacional baseado em qualidade, sanidade e expansão constante da presença brasileira no comércio global.
Celebração reúne autoridades
A cerimônia comemorativa ocorreu na sede do Mapa, em Brasília, na última sexta-feira. O evento reuniu autoridades, ex-secretários, servidores, representantes do setor privado e da imprensa. Durante a celebração, a SCRI inaugurou uma galeria dedicada às gestões anteriores, reforçando o papel de cada uma na consolidação da política de acesso internacional do agro.
O ministro Carlos Fávaro, o ex-ministro Roberto Rodrigues (idealizador da SCRI) e ex-secretários destacaram a evolução institucional da secretaria. Cada gestão recebeu uma placa em reconhecimento aos serviços prestados. Al foi apresentado o painel da linha do tempo da SCRI, que registra os principais marcos desde 2005.
Adidâncias agrícolas impulsionam o agro brasileiro
Criadas em 2008, as adidâncias agrícolas se tornaram essenciais para a atuação internacional do Brasil. Os adidos acompanham negociações, tratam de questões sanitárias e fitossanitárias, articulam soluções com governos estrangeiros, promovem produtos brasileiros e identificam novas oportunidades de mercado.
A rede evoluiu rapidamente. Passou de oito postos para 40 adidâncias em 2024, em mercados estratégicos como China, Estados Unidos, União Europeia, Japão, Arábia Saudita, Índia, Vietnã, Etiópia, Chile, Turquia e Malásia. Esse avanço ampliou a capacidade de resposta do Brasil e fortaleceu a presença do agro em regiões decisivas para o comércio global.
Resultados comerciais reforçam avanço da política de acesso
O trabalho da SCRI tem impacto direto no desempenho externo do agronegócio. Em 2024, o setor exportou quase US$ 165 bilhões, mantendo o Brasil entre os maiores fornecedores globais de alimentos, fibras e bioenergia. Entre janeiro e outubro de 2025, as exportações registraram alta de 1,4%, mesmo em um cenário internacional desafiador.
A secretaria também coordenou iniciativas lançadas em 2025 que ampliam o apoio a produtores e empresas. Entre elas estão o AgroInsight, com análises de mercado elaboradas pelos adidos agrícolas; o Passaporte Agro, que orienta exportadores sobre mercados recém-abertos; e a Caravana do Agro Exportador, que leva capacitação a diferentes regiões do país.
Além disso, a SCRI atua em temas regulatórios, sustentabilidade, negociações tarifárias, organização do AgroStat e articulação com organismos multilaterais como OMC, FAO e OCDE.
SCRI segue ampliando a presença do agro brasileiro no mundo
Ao completar vinte anos, a SCRI reafirma o compromisso com a abertura, ampliação e diversificação de mercados. A secretaria seguirá defendendo a qualidade e a sanidade da produção agropecuária brasileira, além de expandir as oportunidades internacionais para produtores, cooperativas e empresas.
O objetivo permanece o mesmo: manter o Brasil como fornecedor seguro, estável e confiável de alimentos, fibras e energia para o mundo.
