Historicamente, o ano de eleição já é um ano instável. No caso de 2022, com os atuais governantes do Brasil uma instabilidade econômica maior pode acontecer, fruto de ações do governo somadas à pandemia de Covid-19.
Inflação alta, dólar disparado e outros itens, como a falta de insumos nas cadeias produtivas, preocupam o cenário do ano que ano. Além disso, com a alta da inflação, o Governo começa a oferecer aumento nos juros, o que faz o investidor migrar para a renda fixa, o que preocupa ainda mais o acesso das companhias ao capital.
Uma pesquisa feita pela Quist Investimentos com mais de 50 empresários com faturamento anual de mais de R﹩ 30 milhões ao ano, mostra que não há resistência para mais um solavanco econômico após a pandemia e que, caso aconteça, a solução seria tomar atitudes mais drásticas, como a busca de investidores para arcar com as dívidas ou até um pedido de recuperação judicial para alongamento de dívidas, com período superior ao que é interessante aos bancos.
Segundo Douglas Duek, CEO da Quist, este levantamento foi realizado com base no tamanho do mercado de cada seção registrada no CNAE, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas. A base de dados utilizada é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) junto a levantamentos feitos no Econodata, além de histórico de dados internos e do movimento falimentar. A pesquisa mostra ainda que alguns empresários acreditam que o efeito que estamos vivendo não mostra o real efeito da pandemia e que uma onda estranha ainda está por vir. "O próximo ano será instável e nebuloso. Precisamos ter cautela e esperar que o Governo tome providências que ajudem a minimizar os efeitos causados pela pandemia e proteja a economia de futuros solavancos econômicos, que podem causar estragos grandes e muitos setores podem não conseguir resistir", finaliza Douglas.
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