Os recentes acontecimentos no mar vermelho, com ataques de mísseis a navios porta-contentores neste ponto marítimo, colocaram o transporte global num estado de incerteza e podem levar os navios a percorrerem uma rota muito mais longa e isso pode afetar em muito a economia global. O Mar Vermelho vai do estreito de Bab-el-Mandeb, na costa do Iêmen, até o Canal de Suez, no norte do Egito.
O Canal é o caminho marítimo mais rápido entre Europa e Ásia e economiza tempo e dinheiro para as transportadoras, evitando que os navios tenham de contornar toda a África. Com os ataques, esse cenário muda, o que pode encarecer o preço dos seguros e aumentar o custo de transporte dos produtos, gerando efeitos em cascata nas cadeias logisticas.
As maiores empresas de transporte marítimo do mundo – Maersk, Hapag-Lloyd, CMA CGM Group e Evergreen – já anunciaram a interrupção do transporte através do Mar Vermelho. A Flexport, maior transportadora de contêineres do globo, também já afirmou que evitará o Canal de Suez. Ela tem atualmente 2.206 TEUs em navios porta-contêineres que deveriam transitar pelo sul do Mar Vermelho e pelo Golfo de Aden nos próximos dias.
A petroleira BP também afirmou que está realizando uma pausa no envio dos carregamentos de petróleo que passam pelo Canal em razão da insegurança atual. O preço do petróleo já subiu após o anúncio da petroleira e mostra a importância do canal para o mercado e começa a impactar também o comércio de petróleo.