Entre outros produtos para exportação estão castanha de baru para Coreia do Sul, melão para China (primeira fruta brasileira para o país asiático), gergelim para a Índia, castanha do Brasil para Arábia Saudita e material genético avícola para diversos países. "O Ministério da Agricultura, na área internacional, optou pela abertura de mais mercados, mas também pela diversificação de produtos", ressalta a ministra Teresa Cristina.
De acordo com a ministra, a pauta exportadora não deve ficar concentrada somente em soja, milho, carnes e cana-de-açúcar. As exportações do agronegócio atingiram valor recorde em abril, ultrapassando pela primeira vez a barreira de US﹩ 10 bilhões no mês. O recorde anterior das vendas externas neste mês ocorreu em abril de 2013, quando as exportações somaram US﹩ 9,65 bilhões. O valor no mês passado (US﹩ 10,22 bilhões) foi 25% superior em comparação a abril de 2019 (US﹩ 8,18 bilhões).
O recorde foi obtido em função, principalmente, do aumento dos embarques da soja em grão, que cresceram 73,4%, com 16,3 milhões de toneladas. A China foi o principal importador do produto, com a compra de 11,79 milhões de toneladas ou 72,3% da quantidade total exportada.
A ministra enfatiza que a prioridade é sempre garantir o abastecimento de alimentos e demais produtos agropecuários no mercado interno. Desta forma, destaca, que a expansão das exportações não será feita sem privilegiar a demanda interna do Brasil. "Estamos acompanhando o que colhemos, o que vendemos. Esse monitoramento é fundamental para a segurança alimentar do Brasil e também o cumprimento dos nossos acordos comerciais", diz.
Segundo Tereza Cristina, não há risco de falta de alimento no mercado brasileiro. Após a pandemia do novo coronavírus, a ministra prevê que os países deverão se tornar mais protecionistas, fechando seus mercados para produtos estrangeiros. Para continuar a expansão no mercado internacional, o Brasil, segundo Tereza Cristina, deverá avançar nas áreas de sanidade vegetal e animal e rastreabilidade para manter a confiança dos importadores, além das partes encontrarem o equilíbrio.
"Brasil já produz de maneira abundante e com muita qualidade. Temos que anexar mais estados brasileiros nessa excelência", afirma, citando trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Mapa com produtores rurais do semiárido. Outro ponto a ser superado, conforme a ministra, é a logística de transporte, sendo necessário buscar vias para tornar o escoamento da produção agrícola mais barata e efetiva.