Agro de MS avança em sanidade, programas e articulação em 2025
Com atuação técnica e política, Famasul registra mais de 300 reuniões e fortalece políticas públicas do agro em Mato Grosso do Sul ao longo de 2025
Atuação da Famasul em 2025 reforçou a defesa sanitária, a articulação política e o fortalecimento das cadeias produtivas do agro em Mato Grosso do Sul. Foto: Famasul / Divulgação
Em um ano marcado por debates intensos e decisões estratégicas, a Famasul encerra 2025 com um balanço expressivo. Até novembro, a entidade realizou 331 reuniões e participou de 271 representações em conselhos, comissões e fóruns. Com isso, reforçou seu protagonismo na formulação de políticas públicas, na defesa agropecuária e na construção de soluções técnicas para o setor.
Segundo o Departamento Técnico da Famasul, 2025 foi positivo para o agro sul-mato-grossense. Houve avanços sanitários, regulatórios e institucionais. Ainda que pressões climáticas, tributárias e de mercado tenham imposto desafios, o estado ampliou programas, atualizou marcos legais e fortaleceu a segurança sanitária.
“A Famasul atuou de forma estratégica na defesa dos produtores e na melhoria do ambiente de negócios. Assim, 2025 se consolidou como um ano de grandes entregas, que criam bases sólidas para um crescimento sustentável”, avalia a coordenadora do departamento técnico, Tamiris Azoia.
Articulação nacional e fortalecimento institucional
Ao longo de 2025, algumas comissões tiveram papel decisivo. Um dos destaques foi a atuação da Famasul na Comissão Nacional de Equideocultura da CNA. Nesse contexto, a entidade atuou como elo técnico entre as entidades nacionais do segmento do cavalo e a IAGRO.
Essa articulação permitiu compartilhar tecnologias desenvolvidas em Mato Grosso do Sul. Entre elas, estão a Resenha Virtual de Equinos e o App do Transportador, que passaram a ser referência para o futuro Passaporte Equestre Nacional.
Agricultura familiar e representação territorial
A Famasul também teve participação expressiva nas Conferências Territoriais de Agricultura Familiar, por meio do CEDRAF/MS. Além disso, atuou de forma estratégica na discussão do ITR 2025.
Como resultado, cinco municípios não tiveram reajuste e outros 28 registraram aumentos de até 7%, abaixo do inicialmente comunicado pelas prefeituras. A medida reduziu impactos diretos sobre os produtores rurais.
Avanços na bovinocultura de leite
Na bovinocultura de leite, a Famasul contribuiu para a retomada dos estudos de defesa antidumping, por meio da Comissão Nacional da CNA. A iniciativa busca proteger a indústria e os produtores diante do avanço das importações.
Outro marco foi a entrada de Mato Grosso do Sul na Aliança Láctea Sul-Brasileira. O estado passou a integrar o Grupo de Trabalho de Exportação, apoiando propostas para ampliar mercados, ajustar teores de sólidos e estimular a competitividade industrial.
No âmbito estadual, a Famasul atuou na Câmara Setorial do Leite para a construção do Proleite, lançado durante a Expogrande 2025. Entre os resultados, destacam-se protocolos de IATF, transferência de embriões e o Programa Extraleite, que concede incentivo financeiro no período crítico da seca.
Rastreabilidade, sanidade e bioinsumos
A entidade também participou da construção do Programa Nacional de Rastreabilidade Individual de Bovinos. Nesse processo, defendeu prazos adequados para a implementação, evitando impactos financeiros imediatos aos produtores.
Além disso, a conquista do status de área livre de febre aftosa sem vacinação marcou o encerramento de quase uma década de trabalho. A Famasul teve atuação permanente no Comitê Estadual Gestor do PNEFA 2017–2026, orientando produtores sobre vigilância e monitoramento.
Em 2025, o 8º Fórum do PNEFA registrou recorde de participação, com 130 pessoas presenciais e 280 on-line, o que evidenciou o engajamento do setor.
No campo regulatório, a Famasul também contribuiu tecnicamente para o debate da Lei do Bioinsumos, garantindo segurança jurídica e condições adequadas de uso pelos produtores.
Enfrentamento aos javalis e mudanças climáticas
Durante o III Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, a entidade assumiu a vice-coordenação da Câmara Técnica sobre conflitos entre populações humanas e javalis. A atuação aprofundou análises sobre impactos econômicos e riscos sanitários da fauna invasora.
Piscicultura, aves e suínos ganham competitividade
A piscicultura registrou um dos avanços fiscais mais relevantes do ano. Atendendo demanda histórica da Câmara Setorial, o Governo do Estado zerou o ICMS nas vendas internas de peixe fresco e congelado. Além disso, reduziu o imposto para 1% nas operações interestaduais.
Nas cadeias de aves e suínos, a Famasul teve papel central no retorno do Foniagro, fortalecendo a representação dos produtores integrados. A articulação ampliou o diálogo com a indústria e consolidou o estado como referência no sistema de integração.
Houve também avanços nas relações contratuais. Reuniões com CADECs da avicultura resultaram em melhorias no preço pago ao produtor e maior equilíbrio nos contratos.
Incentivos fiscais e diversificação produtiva
Com base em estudo técnico da Famasul e da Aprosoja/MS, o Governo do Estado publicou decreto que concede diferimento do ICMS para culturas como carinata, chia, gergelim, grão-de-bico, lentilha e linhaça. O incentivo reduz custos, estimula o beneficiamento local e fortalece a diversificação produtiva.
Bases sólidas para os próximos anos
Os resultados de 2025 consolidaram bases importantes para novos avanços. A expectativa é de um 2026 ainda mais dinâmico, com ampliação de políticas públicas e fortalecimento das cadeias produtivas.
Nesse cenário, a Famasul e o Senar/MS reafirmam o compromisso de seguir ao lado do produtor. A atuação seguirá focada na defesa sanitária, na qualificação da mão de obra e na competitividade do agronegócio sul-mato-grossense.
