Para o complexo da soja tivemos uma alta valorização para os futuros do óleo de soja na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (10/10), que dispararam 1,63%. A alta veio acompanhando a retomada da valorização do petróleo que na tarde subiu 3,59%.
Novamente as questões geopolíticas influenciam na alta do petróleo com a escalada nas tensões envolvendo os países no oriente médio.
Ao contrário do óleo de soja, o farelo encerrou em queda de 1,59%, repercutindo a extensão do prazo para adequações de antidesmatamento da União Europeia, que foi adiado em um ano, dando mais tempo para importadores e exportadores se adequarem as novas regras.
O mercado já havia acrescido um prêmio ao farelo devido ao antigo prazo, a preocupação era grande e vimos isso quando compradores Europeus aceleraram as suas compras para que chegassem antes do prazo do final do ano, para garantir estoque.
Agora que houve um afrouxamento nestas questões, o risco de desabastecimento acaba sendo retirado dos preços. Já o futuro da soja ficou no meio do caminho caindo 0,54%, cotado a U$10,14 bushel.
O futuro de milho na CBOT seguiu o direcionamento dado pela soja e registrou queda de 0,59%, os movimentos são mais contidos pois há um equilíbrio entre os fatores fundamentalistas, do lado negativo, a colheita vai bem e uma enxurrada de milho novo entra no mercado americano, do lado positivo, a américa do sul está com um farmer selling muito lento, dando espaço para o programa americano.
Já o trigo operou descolado dos demais grãos e teve valorização de 0,79%. As preocupações com as tensões no Mar Negro dão sustentação aos preços e além disso o clima na Rússia segue desfavorável a semeadura da commodity.
Na B3 o contrato futuro de milho deu continuidade ao movimento de alta e encerra pela terceira sessão consecutiva em alta, atingindo o patamar de R$68,82, hoje o grão teve valorização positiva de 0,84%.
Na agenda economia as atenções estavam voltadas para a publicação dos dados de inflação americana, que vieram acima das expectativas. Esses dados jogam contra a continuidade dos cortes nas taxas de juros americanas e para o Brasil o impacto disso é uma diminuição do fluxo de capital estrangeiro.
Principais Variações:
ÁSIA: HONG KONG: +3,12%
EUROPA:: ITALIA: +0,43% / ESPANHA: -0,72%
EUA: SP 500: -0,15% / NASDAQ: -0,04%
BRASIL: IBOVESPA: +0,30%