Verão de 2024-2025 foi o sexto mais quente no Brasil em mais de seis décadas
A estação terminou com temperaturas acima da média e volumes expressivos de chuva no Centro-Norte do país, segundo o Inmet.
Verão foi marcado por ondas de calor e fortes chuvas em diversas regiões do país
O verão de 2024/2025, encerrado na última quinta-feira (20), foi o sexto mais quente do Brasil desde 1961. As temperaturas ficaram 0,34°C acima da média histórica do período de 1991 a 2020.
Ondas de calor intensificaram o calor no Sul
As temperaturas superaram a média em grande parte do país, com destaque para o Rio Grande do Sul, que enfrentou três ondas de calor entre janeiro e março de 2025. Mesmo sob influência do fenômeno La Niña, o verão entrou para a lista dos dez mais quentes da série histórica. Desde a década de 1990, os verões brasileiros apresentam tendência de elevação das temperaturas.
O El Niño, registrado em anos como 2023/2024 e 2015/2016, também contribuiu para o aquecimento global ao elevar as temperaturas das águas do Oceano Pacífico Equatorial.
Chuvas acima da média no Norte e Centro-Norte
Além do calor, o verão foi marcado por fortes chuvas no Norte do país, Maranhão e norte do Piauí, com volumes que ultrapassaram 700 mm em diversas áreas. A atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) foi o principal fator para os temporais na região.
No Centro-Norte, os acumulados também superaram os 500 mm, exceto em algumas áreas pontuais do Nordeste, Sudeste e Sul, onde os volumes foram mais baixos.
Centro-Sul teve chuvas irregulares
No Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas foram irregulares e, em grande parte, abaixo da média, com exceção de pontos isolados do Mato Grosso, Goiás e São Paulo, que registraram volumes superiores a 600 mm. A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) atuou em três períodos distintos durante a estação.
Na Região Sul, as chuvas foram mais volumosas no leste do Paraná e de Santa Catarina, enquanto o oeste do Rio Grande do Sul registrou os menores volumes, abaixo de 250 mm — bem abaixo da média histórica entre 400 e 500 mm para o período.
