Descubra a diferença entre geada branca e negra e saiba onde o frio extremo costuma atingir o Brasil
Sabe aqueles dias gelados em que o carro amanhece coberto por uma camada branca fina, parecendo gelo? Isso é geada — um fenômeno típico do outono e do inverno que pode causar grandes prejuízos, principalmente na agricultura.
A geada se forma quando o ar atinge temperaturas muito baixas, geralmente abaixo de 4 °C. Nessas condições, o orvalho depositado sobre o solo, plantas e superfícies acaba congelando. O fenômeno pode acontecer em qualquer época do ano, desde que o tempo esteja firme, com céu limpo, vento parado e ar seco — até cidades litorâneas, em situações específicas, podem registrar o fenômeno.
Na agricultura, a geada queima folhas, destrói brotos e danifica pastagens, afetando diretamente a produção de alimentos e a alimentação do gado.
Existem dois tipos principais de geada: a branca, que forma a película de gelo visível e se derrete ao longo do dia, e a negra, ainda mais severa, que ocorre sem formação de gelo aparente. No caso da geada negra, o ar gelado e seco atinge diretamente o interior das plantas, congelando a seiva e provocando a morte da vegetação — as folhas ficam escuras e murchas, com aspecto de queimadas.
O fenômeno é comum na região Sul do Brasil, especialmente nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No entanto, também pode ocorrer com frequência em partes de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e até no Rio de Janeiro, principalmente em regiões de maior altitude ou abertas à entrada de massas de ar polar.