Segundo o
Climatempo, uma nova onda de calor vai atuar sobre o Brasil a partir desta quinta-feira, 14 de dezembro de 2023. Ela deve elevar as temperaturas em plena reta final de primavera, que se despede com um período de calor intenso. E nesta semana, em váriras partes do Brasil, as temperaturas voltam a ficar de 3 a 5°C mais quente que o padrão para a época e com características de onda de calor com mais de 5° graus acima da média.
Os climatologistas do Climatempo alertam que essas condições adversas do clima, com a influência do El Niño, estão exigindo um monitoramento mais intenso dos produtores rurais. "A safra que está no campo sente o efeito deste final de primavera com a influência do fenômeno em diversas partes do Brasil", afirma ometeorologista Vinicius Lucyrio.
Levantamento semanal da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 89,9% da soja está semeada no país. Em Mato Grosso, a chuva dos últimos dias proporcionou uma recuperação parcial das lavouras que estavam sob deficit hídrico. No entanto, em algumas áreas, o retorno tardio das chuvas não conseguiu reverter o estresse hídrico.
No Mato Grosso do Sul, o plantio está sendo finalizado e as lavouras implantadas se recuperam parcialmente do estresse hídrico observado na primeira quinzena de novembro.
Já no Rio Grande do Sul, a redução das precipitações permitiu um maior avanço da área semeada. Em algumas áreas, houve o replantio devido às falhas no estande de plantas. No geral, as lavouras apresentam bom desenvolvimento.
Na maioria das áreas produtoras de soja do Paraná, a fase da soja é de desenvolvimento vegetativo. Porém, na propriedade, da produtora rural Malu Anchieta, em Astorga (PR), houve registro de abortamento de vagem. “As caminhadas para o monitoramento no campo estão sendo constantes para acompanhar o desenvolvimento da cultura mais de perto e realizar um manejo correto, se necessário”, comenta a produtora.
Na Bahia, a semeadura avança e o produtor está de olho no clima. Na região central do estado do Tocantins, há registro de perdas do potencial produtivo e no Pará, as condições climáticas continuaram desfavoráveis para o plantio e desenvolvimento das lavouras.