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Neutralidade: Nem El Niño nem La Niña, diz a Climatempo

Transição de fenômenos deixa clima indefinido na maioria das regiões

Neutralidade: Nem El Niño nem La Niña, diz a Climatempo

Mapas do NOAA mostram dados dos dois fenômenos

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Foto do autor Redação RuralNews
04/03/2024 |

O fenômeno El Niño segue em fase de enfraquecimento no decorrer do mês de março, mas ainda terá influência no clima do Brasil. A constatação é da empresa Climatempo, especializada em previsões e análises do clima.

O El Niño começou a se desenvolver no fim do outono de 2023 e atingiu seu ponto máximo entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024.

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Tecnicamente, o fim do El Niño e o início da fase de neutralidade da temperatura do Pacífico Equatorial, na costa do Peru, só devem ocorrer daqui entre 30 e 40 dias, em abril. O Outono deste ano deve ter condições de neutralidade do Pacífico Equatorial. Ou seja: nem El Niño nem La Niña.

Em julho, o La Niña entrará em desenvolvimento, para durar todo o Inverno. Isto é o que mostra o gráfico de probabilidades da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, na sigla em inglês).

Veja:

Março - El Niño em fase de enfraquecimento

Outono 2024 - neutralidade (nem El Niño e nem La Niña)

Inverno 2024 - desenvolvimento de La Niña

Onde ocorre

El Niño e La Niña são fenômenos cíclicos de interação oceânica-atmosférica e ocorrem no oceano Pacífico Equatorial, na costa do Peru.

O El Niño é caracterizado pelo aquecimento da água do Pacífico Equatorial na costa peruana em pelo menos 0,5°C acima da temperatura média normal e por pelo menos três trimestres consecutivos.

O La Niña é caracterizado pelo resfriamento da água do Pacífico Equatorial na costa peruana em pelo menos 0,5°C abaixo da temperatura média normal e por pelo menos três trimestres consecutivos.

Quando nenhuma destas condições são verificadas, dizemos que o Pacífico Equatorial está em situação de neutralidade.

O que ocorre

O aquecimento e o resfriamento da água do mar ocorrem na superfície oceânica e em profundidade. Essas alterações de temperatura são observadas em uma enorme região do oceano Pacífico Equatorial e causa grandes modificações na circulação dos ventos e na pressão atmosférica nesta região. Estas modificações são tão poderosas que mudam o padrão de chuva e de temperatura em diversas regiões do planeta.

No Brasil, os efeitos mais comuns do El Niño são muita chuva na região Sul no inverno/primavera e reduzir a chuva no verão em áreas do Norte e do Nordeste.

O La Niña causa seca na Região Sul e muita chuva no Norte e no Nordeste.

Os efeitos no Sudeste e no Centro-Oeste não são tão marcantes, como nas outras regiões, mas de forma geral, o El Niño deixa a chuva irregular e aumenta a temperatura. O La Niña facilita a entrada do ar frio de origem polar no interior do Brasil podendo deixar os invernos mais frios e prolongados.

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Editor RuralNews
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TAGS: #clima # el niño
# la niña
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