Nas próximas estações (primavera e verão), a intensidade do fenômeno El Niño deve variar de moderada a forte, conforme prevê a maioria dos modelos climáticos analisados pelo
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
No entanto, vale destacar os modelos também apresentam divergências. “A discordância está na intensidade do El Niño nos próximos meses. Diante disso, a incerteza nos modelos torna crucial o monitoramento contínuo do fenômeno e os possíveis impactos em diferentes regiões do Brasil”, afirma o agrometeorologista Cleverson Freitas.
Com impactos climáticos diferentes em cada região do País, o El Niño contribui para uma atmosfera mais aquecida, o que serve de combustível para chuvas de verão em forma de pancadas. Além disso, as correntes polares tendem a enfraquecer, reduzindo o risco de geadas durante o inverno.
Nas regiões Norte e Nordeste, a tendência é de seca mais severa e aumento dos focos de incêndio. Já nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, ocorre o aumento das temperaturas médias e irregularidade nas chuvas. Por fim, no Sul do Brasil, as chuvas ficam acima da média, especialmente durante a primavera e o verão, o que pode levar a enchentes e deslizamentos de terra.