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Estudo mostra deficiências no monitoramento do ar no Brasil

País precisa de investimentos para acompanhar níveis de poluição

Dados divulgados no início de fevereiro pela OMS e analisados agora pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente revelam que mais de quatro milhões de pessoas morrem precocemente por ano vítimas de poluição atmosférica.O estudo mostra que 99% da população mundial respira poluentes danosos à saúde em níveis elevados - um dos principais fatores que podem causar doenças cardíacas e pulmonares, além de impactos neurodegenerativos.

De acordo com a publicação, em 2018, o Ministério da Saúde apurou mais de R$ 1,3 bilhão gastos com internações no sistema de saúde devido a problemas respiratórios.Apenas 13 estados brasileiros têm tem estações de monitoramento automáticas, que coletam e enviam dados em tempo real sobre a poluição do ar.
Maioria das 245 estações meteorológicas do país está no Sudeste
Maioria das 245 estações meteorológicas do país está no Sudeste

No estudo, o instituto aponta que o país necessita de pelo menos mais 46 estações de monitoramento da qualidade do ar automáticas, pelo padrão dos EUA ou mais 138 pelo padrão europeu.Manaus (AM), onde a qualidade do ar é cada vez mais crítica devido às queimadas; Brasília (DF) e Goiânia (GO) estão entre as localidades com maior defasagem de monitoramento "São aglomerados de mais de dois milhões de habitantes que sequer têm uma estação de monitoramento automática.

Acima de um milhão de habitantes, também fazem parte dessa lista Belém (PA), Natal (RN), Maceió (AL), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Teresina", aponta o estudo.Com a aplicação do critério norte-americano, 63 localidades urbanas brasileiras precisam de monitoramento da qualidade do ar.

Com base nas diretrizes da União Europeia, 84 centros urbanos necessitam de alguma estação de monitoramento.Atualmente, apenas 33 localidades dispõem de monitoramento automático da qualidade do ar.Das 23 localidades brasileiras com mais de um milhão de habitantes, dez não têm sequer uma estação de qualidade do ar.

Atualmente, o Brasil tem 245 estações de monitoramento automáticas para mostrar, em tempo real, como está a poluição do ar – 80% delas estão na região Sudeste.




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