A chuva deu uma trégua ao Rio Grande do Sul durante esta
quarta-feira, dia para contabilizar os estragos do temporal nas áreas agrícolas
atingidas última terça-feira. As ocorrências ainda são consideradas pontuais nas
propriedades da Fronteira Oeste e nas porções Central e Noroeste do Estado, mas
foram maiores nos municípios da região da Campanha. Segundo relatos iniciais de produtores, a volumosa chuva, os
fortes ventos e até ocorrências de granizo atingiram, principalmente, plantações
de arroz em estágio reprodutivo e de soja recém-implantada em Dom Pedrito e em
municípios vizinhos. “Algumas áreas de arroz acamaram e outras ficaram submersas”,
relatou o gerente da cooperativa C.Vale na região, John Barreto. Nesses locais,
os esforços concentraram-se na desobstrução dos canais de drenagem para
acelerar o escoamento da água. Relatos iniciais também dão conta de problemas em Santana do
Livramento, Rosário do Sul, São Gabriel e Aceguá. Porém, nenhum registro ainda
chegou à Emater-RS/Ascar de Bagé, unidade da empresa de extensão rural
responsável pela região. Os técnicos devem reunir informações e consolidar um
relatório até o final desta semana. Por enquanto, admitem apenas ocorrência de
estragos pontuais. A chuva concentra-se, nesta quarta-feira e quinta-feira, no
Norte do Estado, onde está grande parte das plantações de soja e milho do Estado.
Na região, os danos relatados até agora são de tombamento de milho,
principalmente os plantados no cedo pelos produtores que pretendem aproveitar a
safrinha da soja. Na Serra gaúcha, onde a uvas viníferas precoces já estão em
colheita não houve, por enquanto, relatos de problemas. A maior preocupação
está com os frutos colhidos a partir de fevereiro, que respondem pela maior
parte da produção dos vinhedos do Rio Grande do Sul, e estão em maturação.