Estado mantém medidas de combate à praga que ameaça a citricultura, especialmente no Vale do Ribeira
O Governo do Paraná prorrogou por mais 180 dias a situação de emergência fitossanitária para o combate ao greening (HLB), uma das principais ameaças aos pomares cítricos. O novo prazo foi estabelecido pelo Decreto nº 10.445, assinado pelo governador em exercício Darci Piana e publicado nesta segunda-feira (30).
Em vigor desde 2023, a emergência permite a adoção de medidas mais ágeis e eficazes para conter a disseminação da doença. Entre as ações estão o controle do inseto vetor (psilídeo), a erradicação de plantas contaminadas, o uso de mudas sadias e o trabalho de orientação junto aos produtores.
Nos últimos anos, as medidas foram eficazes nas regiões Norte e Noroeste do estado. Agora, os esforços se concentram no Vale do Ribeira, especialmente em áreas produtoras de ponkan nos municípios de Doutor Ulysses e Cerro Azul.
A partir desta semana, a Operação Big Citros mobiliza fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para visitas técnicas às propriedades, com o objetivo de orientar citricultores sobre a identificação da doença e o manejo adequado.
Até o momento, apesar da confirmação de plantas doentes, não foram encontrados focos do inseto transmissor na região. Mesmo assim, armadilhas estão sendo utilizadas para monitorar a presença do psilídeo, cuja ausência pode estar relacionada à ação de predadores naturais.
O greening compromete a produtividade das plantas cítricas, provocando queda dos frutos, deformações, sementes abortadas, baixa concentração de açúcares e alta acidez, o que reduz o valor comercial das frutas.
Desde o início da emergência, mais de 270 mil mudas infectadas já foram eliminadas em ações de fiscalização e controle.