INÍCIO AGRICULTURA Citricos

Greening põe citricultor paranaense em alerta

Estado declara emergência fitossanitária para agilizar controle da doença nos pomares

Os citricultores paranaenses estão em alerta devido ao avanço do greening, principal doença dos pomares de laranja, limão, lima e tangerina. A apreensão deve-se à crescente e rápida transmissão da enfermidade pelo psílídeo Diaphorina citri Kuwayama. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento do Estado (Seab), o segmento gerou R$ 826,8 milhões com a produção de 842,4 mil toneladas de frutos em 2022.
A preocupação levou a Seab a colocar o Paraná em emergência fitossanitária ainda na última semana de 2023. “O decreto de emergência fitossanitária é um instrumento drástico, mas nos dá possibilidade de tomar as medidas necessárias de forma mais efetiva na tentativa de controlar o problema, pois a citricultura é uma atividade muito importante para o Estado”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus (CLas) ocasiona a queda prematura dos frutos e impacta negativamente na produção
A bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus (CLas) ocasiona a queda prematura dos frutos e impacta negativamente na produção

Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Renato Blood, o greening (ou Huanglongbing - HLB) é uma doença com potencial para inviabilizar a citricultura, com forte impacto na economia das regiões produtoras. A área dedicada aos citros, no Estado, é de aproximadamente 29,2 mil hectares, dos quais 20,7 mil ha são de laranjas, 7 mil ha de tangerinas e 1,5 mil ha de lima ácida tahiti.

O decreto de emergência fitossanitária é um instrumento drástico, mas nos dá possibilidade de tomar as medidas necessárias de forma mais efetiva na tentativa de controlar o problema, pois a citricultura é uma atividade muito importante para o Estado
Norberto Ortigara, secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento

O especialista alerta que o greening não tem tratamento e que o controle precisa ser preventivo. Se instalada no pomar, a bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus (CLas) ocasiona a queda prematura dos frutos e impacta negativamente na produção. Além disso, eles ficam menores, deformados e podem apresentar sementes abortadas. Também tendem a crescer com teor de açúcar reduzido e acidez elevada, o que deprecia o sabor, diminui sua qualidade e seu valor comercial, tanto para consumo in natura como para processamento industrial.


“Os citricultores precisam se conscientizar da necessidade da eliminação das plantas cítricas com HLB, do controle efetivo do inseto vetor e da eliminação sistemática de plantas doentes. Isso é fundamental para reverter a atual tendência de aumento da incidência da praga”, alerta.

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