Chuvas ajudam cítricos, mas clima extremo preocupa
Aumento da umidade favorece o desenvolvimento dos pomares, mas ventos fortes e granizo derrubam frutos e elevam a preocupação
Granizo e ventos fortes provocam danos em pomares cítricos no cinturão citrícola. Foto: Canva
A segunda quinzena de novembro trouxe chuvas que elevaram a umidade em áreas importantes do cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo Mineiro. Pesquisadores do Cepea afirmam que o cenário é positivo para o desenvolvimento da safra, porém ressaltam que as precipitações, em muitos municípios, vieram acompanhadas de ventos fortes e de granizo. Esse fenômeno provocou enfolhamento das plantas e derrubou frutos e flores.
O problema se agrava porque o clima adverso ocorre justamente durante a colheita da safra 2025/26 e no início do desenvolvimento da temporada 2026/27. Segundo o Cepea, além de causar danos diretos, as intempéries deixam as plantas mais vulneráveis a doenças.
Municípios paulistas como Avaré, Pratânia e São Manuel registraram queda de granizo e, há poucas semanas, já tinham enfrentado chuvas extremas e ventania intensa. O noroeste paulista também sofreu com o clima severo. Muitos agentes consultados pelo Cepea relatam preocupação com a frequência dos eventos climáticos extremos ao longo de 2025.
Apesar dos alertas, o acumulado de chuvas permanece favorável. As temperaturas também seguem mais amenas desde o inverno, o que contribui para o avanço da florada e sustenta a expectativa de uma safra mais produtiva. Assim, a qualidade geral das frutas da temporada 2025/26 continua satisfatória na maior parte das regiões.
