Chuvas no Rio Grande do Sul
05-06-2024 | 8:00:00
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A carne moída teria aumentado de uma semana para a outra, passando de R$ 21,90 para R$ 41,90 o quilo. A carne de frango também teria sofrido reajuste. O quilo da coxa e sobrecoxa saltou de R$ 7,90 para R$ 21,90. E outros itens também apresentaram elevações vertiginosas em algumas redes de supermercados da capital gaúcha com clientes de maior poder aquisitivo.
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Em seu boletim semanal, em que acompanha os preços do gado gordo e do gado de reposição no Rio Grande do Sul, o Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), publicou que o preço pago pelos frigoríficos pelo gado aumentou em todas as modalidades. E explica que esse aumento pode ter ocorrido em função das fortes chuvas, que causaram dificuldades no carregamento dos animais e atraso das pastagens de inverno.
Os especialistas da Ufrgs ressaltaram que a entressafra está gerando preços mais altos para os pecuaristas, entretanto, devido à calamidade que afetou o Rio Grande do Sul, o poder de compra dos gaúchos pode diminuir e isso pode ocasionar mudanças no cenário atual. O coordenador do Nespro, professor Júlio Otávio Jardim Barcellos, no entanto, garante que o valor da carne bovina não teve alta na semana passada. “O preço da carne bovina inclusive baixou 2%”, afirma o médico veterinário.
O coordenador do Nespro diz que o núcleo confirmou sim um aumento das carnes de frango e suína, que apresentaram uma variação de cerca de 7% no mês. Até em função do aumento dessas carnes, Barcellos aposta na manutenção do consumo de carne bovina no Estado. “O consumidor tende a substituir a carne bovina pela de frango ou suína, mas elas aumentaram de preço. Essas altas são circunstanciais, provocadas por problemas de logística, por exemplo”, avalia. Mas o especialista já prevê um aumento que deve ocorrer lá pelo final de junho, início de julho. “A carne bovina deve subir aproximadamente 5% devido à entressafra do boi”, salienta.
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Fiscalização - O Departamento do Consumidor (Procon RS), que é ligado à Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJCDH), tem feito alertas de que elevar preço de produto ou de serviço sem justa causa é considerada prática abusiva, conforme dispõe o art. 39, inciso X, do Código de Defesa do Consumidor, e crime contra a economia popular (Lei 1521/1951), passível de sanções administrativas, cíveis e penais.
Para colaborar com o processo de controle prévio dos aumentos de preços, o Procon RS definiu um protocolo para defesa das relações de consumo. A primeira fase do protocolo, que já está em andamento, é o alinhamento com empresas e associações.
O protocolo foi pensado em diferentes etapas para auxiliar o consumidor. A primeira delas é a de preparo, que consiste no entendimento do cenário de crise. Em seguida, vem a mobilização da equipe do Procon RS e a resposta, com as primeiras ações emergenciais. Outra etapa é o restabelecimento, que está relacionado à transição entre produtos e serviços de primeira necessidade e produtos e serviços de recuperação, e depois, para os de reconstrução das regiões afetadas
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“Estamos nos dedicando muito na etapa atual. O nosso principal objetivo é agirmos de maneira prévia e tentar ao máximo contar com a colaboração do setor econômico para evitarmos casos de preços abusivos”, disse o diretor do Procon RS, Rainer Grigolo. “Esses alinhamentos são cruciais. Com eles conseguimos sensibilizar a todos e reduzir os danos que os consumidores possam vir a sofrer”, acrescentou.
O órgão também passou a atuar em parceria com o Balcão do Consumidor para atendimento, registro de reclamações e orientação ao consumidor neste momento de calamidade pública no Estado. Além dessa medida, o Procon RS se uniu ao Procon de Porto Alegre para fiscalizar possíveis estabelecimentos agindo de forma irregular.
Em maio, várias empresas foram multadas pelos fiscais. Os casos mais comuns são de aumentos, sem justificativa, do leite e de outros itens alimentícios. Mas a fiscalização também flagrou a venda de água mineral por preços abusivos em padarias e pequenos mercados. No começo da catástrofe climática no Estado, nos primeiros dias de maio, comerciantes vendiam um galão de 5 litros de água por até R$ 80,00.
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Consumidores reclamam de alta do preço de carnes e de outros itens
A Ufrgs, no entanto, constatou aumento do frango e de porco, que tiveram uma variação de 7% ao mês
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A carne moída teria aumentado de uma semana para a outra, passando de R$ 21,90 para R$ 41,90 o quilo. A carne de frango também teria sofrido reajuste. O quilo da coxa e sobrecoxa saltou de R$ 7,90 para R$ 21,90. E outros itens também apresentaram elevações vertiginosas em algumas redes de supermercados da capital gaúcha com clientes de maior poder aquisitivo.
Em seu boletim semanal, em que acompanha os preços do gado gordo e do gado de reposição no Rio Grande do Sul, o Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), publicou que o preço pago pelos frigoríficos pelo gado aumentou em todas as modalidades. E explica que esse aumento pode ter ocorrido em função das fortes chuvas, que causaram dificuldades no carregamento dos animais e atraso das pastagens de inverno.
Os especialistas da Ufrgs ressaltaram que a entressafra está gerando preços mais altos para os pecuaristas, entretanto, devido à calamidade que afetou o Rio Grande do Sul, o poder de compra dos gaúchos pode diminuir e isso pode ocasionar mudanças no cenário atual. O coordenador do Nespro, professor Júlio Otávio Jardim Barcellos, no entanto, garante que o valor da carne bovina não teve alta na semana passada. “O preço da carne bovina inclusive baixou 2%”, afirma o médico veterinário.
O coordenador do Nespro diz que o núcleo confirmou sim um aumento das carnes de frango e suína, que apresentaram uma variação de cerca de 7% no mês. Até em função do aumento dessas carnes, Barcellos aposta na manutenção do consumo de carne bovina no Estado. “O consumidor tende a substituir a carne bovina pela de frango ou suína, mas elas aumentaram de preço. Essas altas são circunstanciais, provocadas por problemas de logística, por exemplo”, avalia. Mas o especialista já prevê um aumento que deve ocorrer lá pelo final de junho, início de julho. “A carne bovina deve subir aproximadamente 5% devido à entressafra do boi”, salienta.
Para colaborar com o processo de controle prévio dos aumentos de preços, o Procon RS definiu um protocolo para defesa das relações de consumo. A primeira fase do protocolo, que já está em andamento, é o alinhamento com empresas e associações.
O protocolo foi pensado em diferentes etapas para auxiliar o consumidor. A primeira delas é a de preparo, que consiste no entendimento do cenário de crise. Em seguida, vem a mobilização da equipe do Procon RS e a resposta, com as primeiras ações emergenciais. Outra etapa é o restabelecimento, que está relacionado à transição entre produtos e serviços de primeira necessidade e produtos e serviços de recuperação, e depois, para os de reconstrução das regiões afetadas
O órgão também passou a atuar em parceria com o Balcão do Consumidor para atendimento, registro de reclamações e orientação ao consumidor neste momento de calamidade pública no Estado. Além dessa medida, o Procon RS se uniu ao Procon de Porto Alegre para fiscalizar possíveis estabelecimentos agindo de forma irregular.
Em maio, várias empresas foram multadas pelos fiscais. Os casos mais comuns são de aumentos, sem justificativa, do leite e de outros itens alimentícios. Mas a fiscalização também flagrou a venda de água mineral por preços abusivos em padarias e pequenos mercados. No começo da catástrofe climática no Estado, nos primeiros dias de maio, comerciantes vendiam um galão de 5 litros de água por até R$ 80,00.