Colheita do milho chega a 92% da área cultivada no RS

Operação avançou 4% em relação à semana passada, devido às intensas chuvas que atingiram o Estado

A operação de colheita do milho no Rio Grande do Sul avançou 4% em relação à semana anterior, atingindo 92% da área cultivada. As precipitações e umidades elevadas, em grande parte do Estado, atrasaram a operação nas últimas semanas.


Precipitações extremas impediram o trabalho de colheita
Precipitações extremas impediram o trabalho de colheita

Levantamento feito pela Emater/RS-Ascar mostra que as lavouras por colher passam a apresentar senescência, fungos – com alto risco de desenvolvimento de micotoxinas – e germinação em espiga, o que gera certa urgência pela retirada da cultura do campo. A área de cultivo está estimada em 812.795 hectares, e a produtividade atual em 6.464 quilos por hectare, podendo haver redução, conforme resultado dos levantamentos de perdas, que estão em andamento.



Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, ainda restam cerca de 25% na região da Serra Gaúcha, Campos de Cima da Serra e Hortênsias, que não foram colhidos. As perdas, tanto em volume de grãos como em qualidade, são expressivas nessas áreas.



As espigas apresentam grãos germinados, mofados e ardidos, prejudicando seriamente os valores nutricional e energético bem como elevando o risco de desenvolver micotoxinas que são extremamente danosas para pessoas e animais. Muitos produtores têm acionado o Proagro a fim de cobrir os valores do custeio da safra.



Na de Erechim, a colheita da cultura foi concluída, e a produtividade média obtida foi de 7,2 mil quilos por hectare.



Na de Ijuí, os produtores aguardam por um clima seco para a finalização da colheita de milho, restando pequenas lavouras.

Na de Pelotas, a colheita atinge 40%, e a operação segue sendo realizada, mas é dificultada pela umidade relativa elevada. A qualidade dos grãos maduros ainda em campo foi prejudicada em razão de doenças fúngicas e germinações na espiga.



Na de Santa Maria, a expectativa inicial de produtividade sofreu redução de 25% após as condições climáticas severas na região, ficando em 4.141 quilos por hectare. As perdas ainda podem aumentar, o que será conferido após o encerramento da colheita e a avaliação final da safra.



Na de Santa Rosa, o período de baixa radiação solar tem condicionado uma menor evolução das lavouras, que apresentam plantas de baixo porte e cloróticas, gerando perspectivas de baixa produtividade do milho safrinha. Há produtores interessados na reserva de sementes de milho pelo Programa Troca-Troca, que estão exigindo a extensão do prazo de inscrições, pois os sistemas de registro dos pedidos estão inacessíveis em decorrência das inundações. Para a próxima safra de milho, os produtores iniciam a implantação de coberturas vegetais, como nabo e ervilhaca, visando à melhoria das condições do solo em áreas maiores.



Na de Soledade, o longo período chuvoso aumenta a perda de milho tardio na fase de enchimento de grãos e principalmente em maturação. As lavouras em final de maturação fisiológica apresentam alto índice de germinação de grãos na espiga. Também se observa a senescência acelerada de folhas em razão das precipitações e da reduzida incidência de radiação solar, resultando em menor produtividade. A colheita atinge 68% da área cultivada.



Comercialização (saca de 60 quilos) - O valor médio, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, teve elevação de 2,01%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 56,26 para R$ 57,39.








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