Conab prevê queda de 2,3 mil de sacas na produção de café
Os dados constam no boletim informativo da Conab, que aponta uma queda de 2,3 milhões de sacas de café na safra 2022, na comparação com o último levantamento feito em janeiro
A segunda estimativa da Conab para a safra de café 2022 traz uma queda de 2,3 milhões de sacas, em relação ao último levantamento. A perspectiva é de que sejam
colhidas 53,43 milhões de sacas de café, considerando as espécies arábica e conilon, resultado 12% superior ao de 2021, contudo 15% menor que o colhido em 2020,
último ano de bienalidade positiva. Desse total, 35,7 milhões de sacas são de café arábica e 17,7 milhões de sacas de conilon.
Espera-se um aumento de 1,9% na área total com cafeicultura, que deve somar 2,24 milhões de hectares, sendo 401,2 mil hectares correspondentes às lavouras em
formação e 1,84 milhão de hectares às lavouras em produção. Em comparação à última estimativa, é possível notar que houve queda nas previsões para a área em
formação e aumento para a área em produção, isso porque o impacto das adversidades climáticas ocorridas entre junho e setembro de 2021 adiou o momento
de decisão do produtor sobre o direcionamento das áreas, agora então considerado nas estatísticas.
A área total estimada de café arábica é de 1,82 milhão de hectares (+1,53%), com 1,45 milhão de hectares sendo destinados à produção (+1,34%) e 364,3 mil hectares
à formação (-5,19%). O cultivo de café conilon deve ocupar 425,85 mil hectares; destes, 388,95 mil hectares alocados para produção (+3,64%) e 36,9 mil hectares
para reforma (+4,52%). O potencial produtivo das lavouras neste ciclo foi definido ainda em 2021, em virtude da severidade dos impactos do clima sobre o desenvolvimento dos cafezais.
Apesar da regularização das chuvas a partir de outubro, a situação não pôde ser revertida e o baixo pegamento dos frutos quebrou a expectativa de recuperação de safra sob os efeitos da bienalidade positiva. Assim, embora a produtividade média estimada para as duas espécies seja de 29 sacas por hectares, 10% acima do rendimento da safra passada, este resultado ainda é 13% inferior ao de 2020.
Para o café arábica, o rendimento é previsto em 25 sacas/hectare, enquanto para o conilon são estimadas 46 sacas/hectare, aumentos de 12,13% e 4,93%, respectivamente