Pela segunda vez nesta semana, os preços do cacau atingiram patamares históricos na bolsa de Nova York. Os lotes com entrega para maio subiram 5,26% ontem, quinta-feira (14), para US$ 7.405 a tonelada.
A Costa do Marfim e Gana têm problemas com a safra do fruto há quatro anos. Em 2024, o clima mais quente e seco, com temperaturas próximas de 40 graus, impulsionou o pessimismo entre produtores e o mercado africano.
Dados do governo local, divulgados pela Barchart - empresa especializada em mercado internacional de commodities - mostram que a produção da safra do primeiro semestre, na Costa do Marfim, será de 400 mil toneladas - ou seja, 33% menos na comparação com safra 2022/23.
A indústria brasileira ainda não sentiu reflexos da alta de preços, mantendo a produção baseada em estoques de cacau. Para o segundo semestre, porém, o setor prevê elevação de custos e repasse ao varejo.
Os ovos de chocolate, tradicionais na Páscoa, estão até 30% mais caros em comparação ao ano passado, segundo levantamento de Procons e empresas de pesquisas. As causas do aumento não são relacionadas ao custos mais elevados do cacau.