Mercado internacional impulsiona valorização das carnes, mas frango segue em desvantagem

Segundo dados do mais recente relatório da TF Agroeconômica, o mercado global de carnes mantém trajetória de valorização, com destaque para a carne bovina, que atingiu novo pico de preços. Em junho, o Índice FAO de Preços das Carnes alcançou 126 pontos, subindo 2% frente a maio e quase 7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

A carne bovina foi a principal responsável por esse avanço, atingindo 139,4 pontos, impulsionada pela oferta reduzida no Brasil e pela forte demanda dos Estados Unidos. Esse cenário resultou em valorização anual de quase 22% nos preços brasileiros e 19,5% nos da Austrália. Já a carne suína também se destacou, acumulando alta de 15,6% no primeiro semestre de 2025 e recuperando o valor registrado em junho do ano passado, após sucessivas elevações mensais.

Na contramão, o frango segue como exceção. Apesar de leve valorização anual de 1,01%, os preços continuam pressionados, atingindo o menor patamar dos últimos 15 meses. A oferta elevada, somada às restrições impostas ao Brasil por causa do caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), afetou a demanda. Ainda assim, com a recente retomada do status sanitário favorável, há expectativa de recuperação gradual nas exportações. No acumulado do primeiro semestre, o frango registrou valorização de pouco mais de 3%, contra 10,97% da carne suína e 12,70% da bovina.

Mesmo com alta nas carnes, frango registra queda e atinge menor preço em 15 meses. Foto: Canva