Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, os registros novos casos de influenza aviária de alta patogenicidade na América Latina estão desacelerando. O Brasil continua livre da doença em aves do setor comercial.enbsp; “Nós continuamos como o único dos grandes produtores e o último dos grandes produtores que não tem gripe aviária em suas aves comerciais”, disse Santin em coletiva de imprensa na quarta-feira (16/08).
O Brasil já registrou 79 focos de gripe aviária, dos quais 77 em aves silvestres e dois em aves domésticas, de subsistência. Desse total, 13 focos foram confirmados em maio, 44 em junho, 17 em julho e cinco em agosto, até quarta-feira (16). “Esse é um dado muito bom, positivo, que reafirma a responsabilidade com a qual o Brasil tratou os casos de gripe aviária”, disse Santin.
As processadoras brasileiras de carne de frango reforçaram procedimentos de biosseguridade e têm conseguido evitar a doença em aves comerciais. O governo brasileiro mantém negociações com países importadores para que a potencial suspensão de compras, em casos de focos da doença em aves comerciais, fique restrita aos estados e municípios afetados, e não inclua todo o país.
Coreia do Sul, Japão e Arábia Saudita já adequaram os protocolos sanitários para regionalizar potenciais suspensões aos estados afetados, e o Japão está analisando a regionalização por municípios, segundo Santin. O executivo disse que o mundo precisa aprender a conviver com a gripe aviária, considerando os movimentos migratórios sazonais de aves, adequando os protocolos sanitários para evitar suspensões totais do comércio com países que identificarem a doença.
O Brasil tem uma participação de 35% no mercado global de carne de frango.