O arroz, um dos principais alimentos do prato do brasileiro, está encerrando o ano de 2023 com os preços operando em recordes nominais da série histórica e se aproximando dos maiores patamares reais. Conforme pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o preço do arroz registrou um aumento de 16% no ano. A Índia, responsável por 40% do fornecimento global de arroz, é apontada como a principal vilã para esse quadro, após adotar, em julho, restrições às exportações.
Segundo pesquisadores do CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), no primeiro semestre, as cotações até cederam, como sazonalmente é observado, tendo em vista que esse é o período de maior oferta. No entanto, à medida que os estoques foram se reduzindo, os valores do arroz passaram a apresentar altas expressivas no segundo semestre.
Neste último trimestre do ano, as variações positivas foram ainda mais intensas, com os preços sendo impulsionados por preocupação relacionadas à nova safra, que registrou problemas no campo, por conta do clima desfavorável. O cenário brasileiro segue a tendência mundial: o produto alcançou, no último mês de agosto, o maior patamar em 15 anos, com um avanço de 9,8% em um mês, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).