O presidente da
Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Fernando Cadore, participou de uma importante reunião com a empresa Sinomach Hainan, na cidade de Haikou, na China, nesta quinta-feira (9), para tratar de investimentos em armazenamento de grãos em Mato Grosso.
A Sinomach é um grupo estatal administrado diretamente pelo governo central da China e é uma das maiores companhias do mundo, segundo a Global Fortune 500. Seu portifólio de produtos e serviços compreende desde agricultura, até energia renovável, serviços digitais e engenharia internacional.
Na última segunda (6), a Aprosoja-MT já havia firmado com a companhia um memorando de entendimento para fomento de exportação de grãos de Mato Grosso para China. Já nesta quinta, Cadore traçou um panorama da necessidade de investimento em armazenagem no estado, e se comprometeu junto com o governador Mauro Mendes, em construir um plano para esses investimentos.
Além de atuar com importação, exportação e originação de cereais, a Sinomach também trabalha com a construção de silos e armazéns. Durante a reunião, Cadore destacou que o objetivo é atender o produtor que queira construir um armazém em sua propriedade, com capacidade entre 3 mil e 21 mil toneladas.
No plano piloto que será elaborado, devem ser definidas questões como garantia, prazo de pagamento, banco financiador e juros. A sugestão do presidente Fernando Cadore foi de que esse prazo seja de 15 anos, com três anos de carência, e que tenha a possibilidade de travar o investimento em grãos, com um preço futuro.
“Precisaremos de um projeto piloto que traga essa prospecção e, se possível, ser analisado junto com a Sinomach. A gente se coloca à disposição para encontrar algum produtor interessado para implantação do projeto”, destacou o presidente Fernando Cadore.
Cadore também enfatizou que Mato Grosso tem apenas 48 milhões de toneladas de capacidade de armazenamento, enquanto a produção de soja e milho do estado é de quase 100 milhões de toneladas. Portanto, o estado precisa aumentar a capacidade de armazenamento em até 60 milhões de toneladas apenas para suprir o déficit.
“Podemos buscar um produtor interessado, mas a gente precisa desses pilares. A possibilidade de se entregar a obra completa, a possibilidade de se financiar, em qual taxa de juros e em que prazo, além da possibilidade de se pegar o investimento com grão”, concluiu.