Para Itaú BBA, milho deve seguir firme em Chicago mas ceder no Brasil

Segundo a instituição financeira, houve corte na projeção de safra global em 2022/23, para 1,180 bilhão de toneladas, ainda que com
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- Especial para Rural News
Publicado em 22/08/2022

Os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) devem seguir firmes neste mês, sustentados pelo balanço apertado do cereal nos Estados Unidos, decorrente de uma produção 20% menor nesta safra no país e fatores do mercado global, aponta o Itaú BBA em relatório mensal. O banco pontuou que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reduziu sua estimativa para a produção norte-americana na temporada 2022/23 em 1%, a 364,7 milhões de toneladas e, também, para o estoque final do cereal, em 5,6%, a 35,3 milhões de toneladas.

A instituição financeira lembrou, além disso, que houve corte na projeção de safra global em 2022/23, para 1,180 bilhão de toneladas, ainda que com "surpreendente" aumento da estimativa para a safra ucraniana em 5 milhõesde toneladas. "Não se pode perder do radar que uma continuidade do clima seco e quente tanto em parte do Corn Belt (Cinturão de Grãos nos EUA) quanto na Europa poderá reduzir ainda mais a oferta de grãos no mundo. No entanto, casoobservemos um fluxo maior de milho e trigo saindo da Ucrânia, as cotações poderão apresentar algum arrefecimento adicional", disse o Itaú BBA no relatório.

No Brasil, o banco enxerga tendência de "alguma queda" dos preços do milho nos próximos meses, com o aumento da disponibilidade da segunda safra da cultura, mas os valores não devem se descolar do valor da paridade de exportação.

Aumento da disponibilidade da segunda safra de milho deve trazer queda aos preços

Sobre o autor

Analista Senior de Mercados Agroeconômicos da T&F Consultoria, consultor, palestrante e professor pioneiro em cursos de comercialização de grãos no Brasil. Ministrou o primeiro Curso de Comercialização de Soja no Brasil em 1976, além de ministrar o primeiro curso aberto sobre o tema (1979) e também sou pioneiro em ministrar o primeiro Curso de Comercialização de Grãos com duração de 12 meses (2020) no Brasil. Possui em seu currículo mais de 300 cursos e palestras realizados para empresas, universidades, congressos e dias de campo no Brasil e no Exterior (EUA, França, Paraguai, Bolívia e Argentina). Especialsita em operação de mercados futuros (trigo em Chicago e Matba; milho na B3 e Soja em Chicago), além de dólar na B3. É editor-chefe de boletins diários de açúcar, milho, soja e trigo, além de realizar estudos de planejamento da comercialização anual para agricultores e empresas e consultoria para viagens técnicas internacionais.
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