INÍCIO AGRICULTURA Análise de mercado Publicado em 21/06/2022

Os preços do milho voltam do feriado operando no campo negativo

O clima mais quente e seco em boa parte do Corn Belt, neste momento, é favorável ao desenvolvimento inicial das plantas
Redação RuralNews
Segundo analistas da Corretora Granoeste, a posição do milho julho tem queda de 17 pontos, a U$ 7,67, voltando do feriado operando no campo negativo. O clima mais quente e seco em boa parte do Corn Belt, neste momento, é favorável ao desenvolvimento inicial das plantas. Porém, as previsões para o mês de julho são preocupantes, com uma combinação muito ruim para as lavouras: temperaturas altas e baixos volumes de chuvas.
De acordo a agência Reuters, as compras chinesas de milho ucraniano, que foram em bom volume nesta temporada, com 4,8MT, ante 5,0MT do ciclo anterior, passaram a ser reduzidas após a invasão russa. A China tem se firmado como importadora em outros mercados. Nos cinco primeiros meses deste ano, comprou 6,4MT de milho dos EUA, ante 6,7MT da temporada anterior. Daqui para frente, as compras chinesas tendem a se concentrar no Brasil. A China deve importar cerca de 25,0MT de milho neste ano.
De acordo com a APK-Inform, as exportações de grãos da Ucrânia totalizam 47,9MT na temporada 2021/22, iniciada em junho/21; a grande maioria foi exportada antes da invasão russa. Do total, 23,0MT são de milho, 18,6MT de trigo, 5,7MT de cevada e 0,16MT de centeio.
Segundo a agência Safras e Mercado, em relatório divulgado na última sexta-feira, a colheita de milho safrinha no Centro-Sul chega a 9,3%, ante 0,8% de mesma época no ano passado e 1,3% de média. Por estado, os trabalhos alcançam: 13,8% em Mato Grosso, 12,1% em Goiás, 2,3% no Paraná, 2,3% em Mato Grosso do Sul, 0,8% em Minas Gerais e 0,3% em São Paulo. Já, o IMEA calcula que a colheita no MT chega a 26,9%, em levantamento divulgado no último dia 17, ante 16,2% da semana anterior e 3,9% do mesmo ponto do ano passado.

O Line-up de navios nos portos brasileiros aponta embarques de 2,0MT em junho, o que caminha para totalizar 4,40MT na temporada, iniciada em fevereiro, ante 1,35MT do mesmo intervalo do ano passado. O fluxo de negócios se mostra melhor nos últimos dias, com exportadores vindo a mercado para preencher espaço em navios a partir de julho, mas, principalmente, em agosto e setembro. Também é percebida uma melhor movimentação de integrações nacionais. O volume ne negócios antecipados foi bem menor do que em anos anteriores; em razão disto se justifica o retorno mais intenso às compras tanto por parte de tradings quanto de frigoríficos.
O câmbio vem ajudando na formação do preço interno; mas CBOT e prêmios, mais enfraquecidos, também entram na composição das cotações. O mercado interno passa a ter como forte referência a paridade internacional de preços. O aumento do custo dos fretes entra nesta conta como redutor das indicações de compra.

Indicações de compra na faixa entre R$ 90,00/91,50 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 94,00/96,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

CÂMBIO
Opera em leve baixa neste momento, a R$ 5,17. Ontem, fechou em R$ 5,188.
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