Mundo sofre com problemas de abastecimento de óleos vegetais

Clima, geopolítica e políticas internas faz com que países que antes exportavam em quantidades significativas agora reduzam seus embarques
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- Especial para Rural News
Publicado em 17/08/2022

A mudança mais proeminente no mercado de óleos vegetais surge quando países que antes exportavam em quantidades significativas agora estão tendo que reduzir seus embarques. Essa mudança pode ser devido a instabilidades geopolíticas, condições climáticas extremas que afetam as safras ou decisões políticas destinadas a controlar a inflação. À medida que as mudanças climáticas se tornam mais tangíveis e as correntes de ar mais frequentes, os principais produtores de óleo vegetal lutam para atender às exportações e à demanda doméstica, com os rendimentos sendo desafiados e as previsões incertas.

Após a guerra, o acesso aos portos do Mar Negro continua desafiado (apesar dos acordos recentes), e a Ucrânia, um dos maiores exportadores de óleo de girassol do mundo, agora só pode desempenhar um papel menor no jogo comercial. Os importadores que confiam no seu abastecimento estão tendo que se adaptar e buscar diferentes parceiros e soluções. Assim, a incerteza subjacente à produção e aos embarques de um lado se traduz em novos desafios quando se trata de garantir estoques domésticos para os países importadores. Comoresultado, os preços estão constantemente flutuando.

A crise se estende a todas as commodities agrícolas, não apenas aos óleos. A escassez de fertilizantes, exportados principalmente da Rússia e da Ucrânia, também pode levar os agricultores a procurar substitutos para commodities como milho e trigo por outras que exigem menos nutrição. No Canadá e nos EUA, por exemplo, mais rendimentos estão sendo dedicados à produção de soja. Com previsões otimistas de produção, o óleo de soja pode ser um bom candidato para aliviar a escassez de outros óleos vegetais.

Sobre o autor

Analista Senior de Mercados Agroeconômicos da T&F Consultoria, consultor, palestrante e professor pioneiro em cursos de comercialização de grãos no Brasil. Ministrou o primeiro Curso de Comercialização de Soja no Brasil em 1976, além de ministrar o primeiro curso aberto sobre o tema (1979) e também sou pioneiro em ministrar o primeiro Curso de Comercialização de Grãos com duração de 12 meses (2020) no Brasil. Possui em seu currículo mais de 300 cursos e palestras realizados para empresas, universidades, congressos e dias de campo no Brasil e no Exterior (EUA, França, Paraguai, Bolívia e Argentina). Especialsita em operação de mercados futuros (trigo em Chicago e Matba; milho na B3 e Soja em Chicago), além de dólar na B3. É editor-chefe de boletins diários de açúcar, milho, soja e trigo, além de realizar estudos de planejamento da comercialização anual para agricultores e empresas e consultoria para viagens técnicas internacionais.
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