Os preços da soja operam em leve alta nos futuros de Chicago namanhã de segunda-feira, a U$ 14,17/novembro. Apesar dos bons ganhos obtidos na última sexta-feira, na faixa de 25 cents, a semana fechou com perdas da ordem de 1%. Os operadores buscam posicionar suas carteiras para o relatório de oferta e demanda de setembro, que será apresentado pelo USDA no início da tarde de hoje.
– Os estoques finais dos EUA tendem a ficar em linha com o mês anterior; para 2022/23 são esperados em 6,5MT e para esta última temporada, em 6,35MT. O mesmo deve ocorrer com os estoques mundiais, esperados na faixa de 101,1MT ao final de 2022/23 e em 89,9MT nos ajustes finais da temporada encerrada no último dia 31 de agosto.
O mercado segue monitorando a situação dos embarques dos produtos ucranianos. O noticiário internacional reportou a possibilidade de um acordo envolvendo a França e a Romênia para acelerar o despacho de milho e trigo das regiões em guerra.
A economia global segue vivendo muitos distúrbios. A China se mantém com demanda mais contida e mantém sua política de tolerância zero contra a covid; a guerra no leste europeu inibe o fluxo normal de mercadorias e tolhe o abastecimento regular em muitos países; fundos e investidores se mostram avessos a tomar risco excessivo; o petróleo se mostra muito volátil, com flutuações bastante alargadas e muitas economias centrais correm o risco de recessão em 2023.
Mercado interno se mantém retraído, preços externos acomodados e câmbio em queda mantêm as indicações retraídas. As atenções se concentram na fase final de evolução da safra norte-americana e no comportamento do clima para início da implantação das lavouras no Brasil. Prêmios no spot são indicados na faixa de 250/280.
MILHO
Preços do milho chegaram ao intervalo da manhã com queda de 4 cents, a 6,80/dezembro. Na sexta, o pregão encerrou com ganhos de 16 cents/dezembro. A BMF opera em R$83,98/setembro (+0,16%) e R$88,81/novembro (+0,18%).
Os estoques finais estadunidense são estimados em 39,2MT para safra 2021/22 e 31,0MT para 2022/23, ante, respectivamente 38,8MT e 35,2MT do mês de agosto. Já os estoques finais mundiais são projetados em 312,0MT (temporadas 2021/22) e 301,8MT (2022/23), contra 311,8MT e 306,6MT, respectivamente, do mês passado.
O governante russo, Vladimir Putin, está mostrando aversão ao acordo de escoamento de grãos ucranianos. Segundo ele, os produtos não estão indo para países em extrema necessidade e nenhuma sanção foi aliviada para a Rússia. Por isso, ele estuda rever o acordo e até mesmo cancelá-lo. Dessa forma, alguns países se mobilizam para auxiliar a exportação da Ucrânia, como a França, que está em conversa com a Romênia para escoar os grãos passando por estes dois países.
A colheita da safrinha atinge 99,2% na região Centro-Sul do país, ante 98% do mesmo ponto do ano passado, com trabalhos concluídos nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O levantamento é da consultoria Safras eamp; Mercado.
Mercado doméstico segue lento. Boa parte das operações são voltadas para a exportação, diante da boa liquidez. Muitas integrações, que estavam dedicadas a receber os contratos negociados antecipadamente, começam a se reposicionar para voltar às compras. Mercado externo segue como piso para as cotações, diante da necessidade de exportações de pelo menos 37,0MT nesta temporada.
Indicações de compra na faixa entre R$ 81,00/83,00 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 88,00/90,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.