Contratos futuros com soja na CBOT iniciam operando em alta

Por outro lado, a semana anterior foi bastante negativa, com queda de 4,5% e mercado postado na perspectiva de contração da economia mundial e no bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas

Os contratos futuros negociados com soja na CBOT operam em alta neste momento, manhã de segunda-feira, mais 10 cents, a U$ 16,20/julho, dando sequência aos ganhos apurados na última sexta-feira. Por outro lado, a semana anterior foi bastante negativa, com queda de 4,5% e mercado postado na perspectiva de contração da economia mundial e no bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas, segundo boletim da Corretora Granoeste.
Depois de um período de estresse generalizado, os mercados de energia, minérios e de ativos financeiros trabalham em recuperação, beneficiando também os mercados agrícolas. Participantes ainda questionam sobre a intensidade da demanda e sobre um retorno mais agressivo da China às compras. Além disto, tecnicamente, depois das fortes perdas das últimas duas semanas, fundos e investidores se colocam mais abertos para recompor as carteiras.


As exportações de soja dos EUA, na temporada, chegam a 60,2MT, ante 61,7MT do mesmo período do ano passado. Os embarques totalizam 51,2MT, contra 58,1MT do mesmo intervalo do ciclo anterior. Considerando a acentuada quebra de safra na América do Sul, era de se supor que a demanda seria muito mais agressiva em solo norte-americano.


Além do comportamento climático no Meio Oeste, as atenções do mercado se voltam para o relatório final de plantio que será divulgado neste dia 30. Esta definição cria bons motivos para alta ou baixa dos preços. Em seguida, tem o feriado de 4 de julho (Independência dos EUA), que costuma ser um divisor de águas, gerando muita tensão nos mercados uma vez que, a partir daí, as lavouras entram no período mais crítico para a determinação dos níveis de produtividade.


Logo mais, no fim da tarde, o USDA irá atualizar novamente as condições das lavouras. Na semana passada, 68% das áreas se encontravam em boas/excelentes condições, ante 60% do mesmo ponto do ano passado. O mercado interno deverá seguir em ritmo lento, aguardando por melhores indicações. Na última semana, com o aprofundamento das perdas do preço internacional, os produtores adotaram uma postura de total retração. Praticamente não houve reportes de negociações, numa semana tida como vazia. Em certa medida, a reação do câmbio compensou parte das perdas apuradas na CBOT e nos prêmios, mas, assim mesmo, as indicações de compra perderam força em R$ 4,00 / 5,00 por saca.


Prêmios no spot são contados na faixa de 150 / 160. Aparentemente os prêmios estão mais sólidos; porém é importante notar que a fixação do preço spot passa a tomar como base a cotação sobre agosto ou setembro, que está bem mais baixa, em cerca de U$ 1,00 por bushel, no comparativo com a cotação sobre julho (que vai saindo de cena).


Indicações de compra entre R$ 186,00/188,00 no oeste do estado; entre R$ 194,00/196,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque.

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