Minas Gerais alcançou em 2023 a maior produtividade de algodão em pluma do país, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Na safra 2022/2023, a produção atingiu média de 2.045 kg por hectare. A marca é resultado do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), que mudou o cenário da cotonicultura mineira nos últimos 20 anos.Os dados em 2004/2005 correspondiam a 978 kg por hectare. Ou seja, o número mais do que dobrou.
O programa concede isenção de imposto à indústria, que se compromete a adquirir uma cota de algodão de produtores mineiros. A cada real de incentivo fiscal do governo, estima-se retorno de R$ 1,42 para a economia do estado.
“Isso mostra a importância de termos conexões e redes integradas de trabalho entre Poder Público, agricultura e indústria. Essa iniciativa fez com que a cotonicultura crescesse no estado e fez com que a indústria mineira tivesse um abastecimento de algodão de qualidade, produzido dentro do seu território. Poucos países têm ativos como esse”, avalia o presidente emérito da Associação Brasileira das Indústria Têxteis, Fernando Valente Pimentel.
Ao longo dos 20 anos de implementação do Proalminas, de 2003 a 2023, a produção de algodão cresceu de 85,5 mil toneladas para as estimadas 133,4 mil toneladas na safra 2023/2024. Se não houver atrasos, a colheita em 2024 tem início no mês de maio e fim em agosto.
A política pública é coordenada pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) em parceria com a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) e as indústrias têxteis de Minas Gerais, e conta com atuação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).