Colheita da nova safra de algodão atinge 15% da área no Brasil e produção deve bater recorde com 3,96 milhões de toneladas
A colheita da nova safra de algodão avança em ritmo consistente no Brasil. Entre os dias 1º e 17 de julho, 15% da área cultivada já havia sido colhida, de acordo com dados da Abrapa. A expectativa é positiva, já que a área plantada deve crescer 10,2% em relação ao ciclo anterior, alcançando 2,14 milhões de hectares.
Apesar de uma leve redução na produtividade por hectare, a produção total segue estimada como recorde. Isso se deve, principalmente, à expansão da área cultivada. Assim, a previsão é de que a safra alcance 3,96 milhões de toneladas de algodão, o que representa um aumento de 7,1% em relação a 2023/2024.
No mercado externo, as projeções também são otimistas. Para o período comercial 2024/2025, a ANEA estima um crescimento de 4,5% nas exportações. Ao todo, devem ser embarcadas 2,80 milhões de toneladas. Em junho, por exemplo, o Brasil exportou 132,8 mil toneladas, gerando receita de US$ 213,5 milhões.
Entre agosto de 2024 e junho de 2025, o Vietnã liderou as compras do algodão brasileiro, com 517 mil toneladas adquiridas. Isso equivale a 19% do total exportado no período. Quando somadas, as exportações para o Vietnã e o Paquistão superaram as da China, que teve queda de 836 mil toneladas na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Além disso, o setor têxtil brasileiro mostra sinais de recuperação. Entre janeiro e abril de 2025, a produção cresceu 11,8%, enquanto o segmento de vestuário avançou 1,8%. Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho do setor também reagiu. A indústria têxtil criou 8,7 mil empregos, e as confecções, outros 12,5 mil.
Por fim, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil permanece como o maior exportador mundial da pluma. Isso reforça a relevância do país no cenário global da cotonicultura