INÍCIO AGRICULTURA Algodão

CNA levanta custos de produção em três estados

Painéis de algodão, cana-de-açúcar e café aconteceram em AL, BA e RO

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou nesta semana mais uma rodada de levantamentos de custos de produção do Projeto Campo Futuro para reunir informações sobre algodão na Bahia, cana-de-açúcar em Alagoas e café em Rondônia.
Os encontros foram realizados de forma presencial e virtual e tiveram a presença de produtores, representantes de sindicatos rurais, federações de agricultura e pecuária, Senar, universidades e centros de pesquisa como Cepea e CIM/UFLA. Veja os resumos dos painéis para apurar os custos de produção:


Algodão – O painel analisou, na terça (8), os custos de produção de algodão da safra 2022/2023 de Barreiras (BA). Segundo o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Tiago Pereira, com a colheita em andamento (54%), a redução das chuvas e a baixa umidade ajudam a obter boas produtividades.


De acordo com os dados levantados, a produtividade média para o algodão levantada durante o painel foi de 143 arrobas de algodão em caroço. No período analisado, os custos com fertilizantes mais que dobraram. “O investimento foi feito diante da produtividade esperada e também em decorrência dos picos de preço dos insumos em 2022”, explica Pereira.


Inseticidas e herbicidas também tiveram alta em comparação com a safra passada, de respectivamente 52% e 43%.


Cana-de-açúcar – Na quarta (9), o painel aconteceu em Maceió, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal). Segundo a assessora técnica da Comissão Nacional de Cana-de-açúcar, Eduarda Lee, na propriedade modal definida pelos produtores e técnicos da região, que conta com 120 hectares de produção, a produtividade é de 62 toneladas por hectare, com 5 cortes por ciclo produtivo.


Informações levantadas no encontro mostram que a qualidade média da matéria-prima é de cerca de 122 kg de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada. “Nesse sistema, 100% do plantio é realizado de forma manual, enquanto na colheita esse número é de 80%”, diz Eduarda. Os itens que mais têm onerado a produção nesse modelo são maquinário e insumos.


Café – O levantamento também foi realizado na quarta (9), em São Miguel do Guaporé (RO), para o café robusta, na sede do sindicato dos produtores rurais do município. A assessora técnica da Comissão Nacional do Café da CNA, Raquel Miranda, e o presidente do sindicato, Miguel Ramires, acompanharam os debates.
A propriedade modal foi caracterizada pela agricultura familiar, com 4 hectares de área produtiva, cultivo irrigado e condução manual. Os principais itens que compõe os desembolsos diretos correspondem a 31% com a remuneração da mão-de-obra familiar e trabalhadores eventuais, 23% com fertilizantes e 9% com defensivos, 3% com corretivos e 2% com irrigação.


“Os resultados econômicos, demonstram que a propriedade modal de São Miguel do Guaporé apresenta margem bruta negativa, o que se deve principalmente a baixa produtividade e aos baixos preços pago ao produtor pela saca de café, no mercado local”, relata Raquel.



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