Caminho Verde Brasil é apresentado a produtores de algodão
Reunião da AMPA recebe apresentação do Caminho Verde Brasil, com foco em crédito sustentável e recuperação de áreas degradadas
Caminho Verde Brasil oferece crédito mais barato, exige compromissos ambientais e mira recuperar 40 mi de hectares. Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária / Divulgação
Carlos Augustin, assessor especial do ministro da Agricultura e Pecuária e coordenador do Caminho Verde Brasil, apresentou o programa à diretoria da AMPA, em Cuiabá (MT), na quarta-feira (5). De acordo com ele, a sustentabilidade já é indispensável ao agro. Práticas sustentáveis aumentam a resiliência dos produtores e abrem espaço em mercados que rejeitam produtos ligados ao desmatamento. Por isso, o programa oferece juros abaixo de mercado e cria condições para ampliar a produção com responsabilidade.
Durante a reunião, o presidente da AMPA, Orcival Guimarães, reforçou o compromisso com a sustentabilidade. Ele afirmou que as pastagens degradadas são o maior desafio do estado. Com crédito mais barato, mais produtores devem aderir ao programa. “Queremos uma produção com responsabilidade social e ambiental”, disse.
Mato Grosso amplia produção e confirma liderança nacional
A safra 2024/2025 de algodão em Mato Grosso alcançou 6,92 milhões de toneladas, um aumento de 8,3% em relação ao ciclo anterior. Foram 1,46 milhão de hectares plantados e 2,87 milhões de toneladas de pluma.
De acordo com a Conab, o estado segue líder nacional na produção agrícola. A safra de grãos 24/25 atingiu 111,9 milhões de toneladas, volume 18,7% maior que o do ano passado. Além disso, a área produtiva subiu para 22,3 milhões de hectares, aumento de 2,9%. A produtividade também cresceu e chegou a 5.020 quilos por hectare, alta de 15,4%. Com esses resultados, Mato Grosso seria o terceiro maior produtor de soja do mundo se fosse um país.
Programa foca recuperação de áreas degradadas e transição sustentável
O Caminho Verde Brasil prevê recuperar 40 milhões de hectares de áreas degradadas em dez anos. O objetivo é aumentar a produção de alimentos e biocombustíveis sem abrir novas áreas de vegetação nativa.
Além disso, o programa fortalece a segurança alimentar, apoia a transição energética e reforça o papel do Brasil na agenda global de sustentabilidade.
Produtores interessados poderão contratar crédito com juros menores em dez bancos. Para aderir, é preciso cumprir compromissos ambientais e trabalhistas, como não desmatar novas áreas durante o financiamento e apresentar balanço anual de carbono.
