Relatório mostra melhora na qualidade do algodão brasileiro da safra 2024/2025, com aumento de resistência e fibras longas.
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) divulgou o primeiro Relatório de Qualidade do Algodão Brasileiro da safra 2024/2025. Até 31 de agosto, os 13 laboratórios credenciados ao Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) analisaram 5,56 milhões de fardos, de um total previsto de 18,5 milhões. O volume já representa um crescimento de 8% em comparação ao mesmo período da temporada passada.
Entre os resultados, destaca-se o avanço da resistência das fibras. De acordo com o relatório, 26,36% das amostras registraram índice acima de 32 gf/tex (STR). No ciclo anterior, essa marca havia sido de apenas 17,99%. Já o comprimento da fibra também apresentou melhora. Do total já avaliado, 15,37% alcançou comprimento superior a 1,20 polegada (UHML), reforçando a presença de algodão de fibra longa, bastante valorizado no mercado internacional.
Os índices de uniformidade e de brilho também permanecem elevados, o que confirma a qualidade do algodão brasileiro. Segundo a Abrapa, 65,83% das amostras analisadas apresentaram uniformidade entre 80% e 83%. Além disso, 67,79% registraram grau de reflectância acima de 75%, característica associada à boa aparência da fibra.
No campo, as condições climáticas influenciaram a qualidade da safra. Em Mato Grosso, maior estado produtor, as chuvas de agosto e as temperaturas mais amenas atrasaram a maturação de algumas áreas. No entanto, a produtividade segue elevada, variando entre 260 e 380 arrobas por hectare, especialmente no algodão de segunda safra.
De acordo com a Abrapa, esses primeiros resultados confirmam a consistência do algodão brasileiro. “Com índices mais altos de resistência e comprimento, o produto nacional reforça sua posição no mercado internacional e atende às exigências da indústria têxtil”, destacou a entidade.