Abrapa anuncia mudanças no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) para a safra 2025/2026
Associação anuncia atualizações no SAI para 2025/2026, com pedidos antecipados, lacres obrigatórios nas amostras e fim das etiquetas com ilhós
Abrapa detalha as mudanças no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) para a safra 2025/2026. Foto: Abrapa / Divulgação
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) implantará mudanças no Sistema Abrapa de Identificação (SAI) a partir da safra 2025/2026. A diretora de Relações Institucionais, Silmara Ferraresi, apresentou as novidades durante reunião com associações estaduais na sede da entidade, em Brasília, no início de novembro.
Além disso, o setor de Tecnologia da Informação mostrou a nova interface da plataforma do SAI e apresentou o balanço de uso das etiquetas e dos lacres na safra 2024/2025.
Balanço da produção em 2025
Segundo dados da Abrapa, os produtores realizaram 397 pedidos na última safra. Com isso, a entidade produziu e distribuiu cerca de 19 milhões de etiquetas e 198 mil lacres.
O BOPP (Película de Polipropileno Biorientada) segue como o material mais usado, representando 60% das etiquetas. Já os lacres de vinil responderam por 71% das unidades aplicadas nas malas de amostras.
A análise de sazonalidade indicou forte concentração em abril. Nesse mês, 43,58% dos pedidos foram feitos, e 57,5% das etiquetas e lacres também foram produzidos. As empresas Avery Dennison, IGB, Grif e Prakolar seguem autorizadas a fabricar os insumos do SAI.
Mudanças para a safra 2025/2026
As mudanças incluem a abertura antecipada do SAI para pedidos de insumos. A partir de 2026, as Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs) poderão atualizar seus cadastros e solicitar etiquetas e lacres já em 1º de fevereiro, o que deve organizar melhor o fluxo de produção e envio.
Além disso, todas as UBAs participantes do SAI passarão a lacrar e registrar as malas de amostras diretamente no sistema. Hoje, essa exigência vale apenas para as unidades do PQAB, mas a expansão da regra reforça a integridade dos materiais enviados aos laboratórios e amplia a rastreabilidade dos fardos.
Outra mudança importante é o fim das etiquetas com ilhós. Para reduzir o risco de contaminação nas fiações, a Abrapa deixará de produzir esse modelo e manterá apenas as versões adesivas em BOPP ou vinil.
Silmara Ferraresi explica que as mudanças fortalecem a rastreabilidade do algodão brasileiro. Segundo ela, o sistema passará a receber automaticamente informações de origem, como produtor e fazenda, ainda no beneficiamento. Assim, a identificação dos fardos se tornará mais íntegra e eficiente, o que pode gerar mais rentabilidade e sustentabilidade.
A diretora informou também que a Abrapa disponibilizará materiais de apoio para orientar as UBAs. Além disso, continuará treinando inspetores para facilitar a adaptação às novas regras.
