A volatilidade do mercado de açúcar tem experimentado níveis elevados desde a mudança dos fundamentos para um cenário mais equilibrado entre oferta e demanda, destaca avaliação da hEDGEpoint Global Markets, casa internacional de análises de commodities agrícolas. Nesta conjuntura, qualquer notícia ou rumor pode desencadear movimentos de preços de curta duração.
Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da hEDGEpoint, explica que normalmente, o governo indiano estabelece o FRP alguns meses antes do início da nova safra, mas, neste ano, ventilou antecipar a medida em uma tentativa de aumentar a disponibilidade de açúcar no país. "Essa possibilidade, combinada com as previsões de condições mais secas do que a média no verão do Centro-Sul brasileiro, serviu como um fator de alta.”
Por outro lado, o mais recente boletim de acompanhamento da União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica), que apontou a moagem de 1,1 milhão de toneladas de cana e um mix de açúcar de 34,2% na primeira quinzena de janeiro, mostrou que o processamento total do ciclo 2023/24 está mais perto de atingir 651 milhões de toneladas, fez as cotações internacionais do adoçante voltarem a ficar abaixo de 24c/lb.
“Parece que o mercado está procurando um motivo para subir, contando com o apoio sazonal da demanda, evidenciado pelo aumento dos prêmios do físico em Santos, e dos anúncios ainda incertos”, finaliza Lívea.