HOME | AGRICULTURA | Açúcar | Publicado em 03/12/2024
Segundo a consultoria, o anúncio do governo indiano - importante país produtor - contemplando um possível aumento de 8% no preço mínimo da cana pago pelas usinas na safra 2024/25, conhecido como Preço Justo e Remuneratório (FRP), influenciou para cima as cotações. Por outro lado, um volume de processamento elevado no Brasil combinado a um mix mais açucareiro na primeira quinzena de janeiro provocou recuo nos preços para um patamar inferior a 24c/lb.
Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da hEDGEpoint, explica que normalmente, o governo indiano estabelece o FRP alguns meses antes do início da nova safra, mas, neste ano, ventilou antecipar a medida em uma tentativa de aumentar a disponibilidade de açúcar no país. "Essa possibilidade, combinada com as previsões de condições mais secas do que a média no verão do Centro-Sul brasileiro, serviu como um fator de alta.”
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Por outro lado, o mais recente boletim de acompanhamento da União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica), que apontou a moagem de 1,1 milhão de toneladas de cana e um mix de açúcar de 34,2% na primeira quinzena de janeiro, mostrou que o processamento total do ciclo 2023/24 está mais perto de atingir 651 milhões de toneladas, fez as cotações internacionais do adoçante voltarem a ficar abaixo de 24c/lb.
“Parece que o mercado está procurando um motivo para subir, contando com o apoio sazonal da demanda, evidenciado pelo aumento dos prêmios do físico em Santos, e dos anúncios ainda incertos”, finaliza Lívea.
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Mercado do açúcar apresenta forte volatilidade de preços
Vaivém no cenário doméstico de Brasil e Índia provoca mudanças rápidas nas cotações internacionais da commodity
A volatilidade do mercado de açúcar tem experimentado níveis elevados desde a mudança dos fundamentos para um cenário mais equilibrado entre oferta e demanda, destaca avaliação da hEDGEpoint Global Markets, casa internacional de análises de commodities agrícolas. Nesta conjuntura, qualquer notícia ou rumor pode desencadear movimentos de preços de curta duração.Segundo a consultoria, o anúncio do governo indiano - importante país produtor - contemplando um possível aumento de 8% no preço mínimo da cana pago pelas usinas na safra 2024/25, conhecido como Preço Justo e Remuneratório (FRP), influenciou para cima as cotações. Por outro lado, um volume de processamento elevado no Brasil combinado a um mix mais açucareiro na primeira quinzena de janeiro provocou recuo nos preços para um patamar inferior a 24c/lb.
Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da hEDGEpoint, explica que normalmente, o governo indiano estabelece o FRP alguns meses antes do início da nova safra, mas, neste ano, ventilou antecipar a medida em uma tentativa de aumentar a disponibilidade de açúcar no país. "Essa possibilidade, combinada com as previsões de condições mais secas do que a média no verão do Centro-Sul brasileiro, serviu como um fator de alta.”
Por outro lado, o mais recente boletim de acompanhamento da União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica), que apontou a moagem de 1,1 milhão de toneladas de cana e um mix de açúcar de 34,2% na primeira quinzena de janeiro, mostrou que o processamento total do ciclo 2023/24 está mais perto de atingir 651 milhões de toneladas, fez as cotações internacionais do adoçante voltarem a ficar abaixo de 24c/lb.
“Parece que o mercado está procurando um motivo para subir, contando com o apoio sazonal da demanda, evidenciado pelo aumento dos prêmios do físico em Santos, e dos anúncios ainda incertos”, finaliza Lívea.
Embarque de sacaria de açúcar no Porto de Paranaguá (PR). Foto AEN
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