Soja avança nos futuros de Chicago e apresenta negócios aquecidos no Brasil, com preços em alta e ofertas ativas no mercado
Os preços da soja continuam em alta nos futuros de Chicago nesta quarta-feira, com ganhos de 11 pontos, alcançando US$ 10,24 para setembro. Ontem, a cotação subiu 21 cents, em uma reviravolta inesperada, após queda de até 20 pontos pela manhã.
O mercado reagiu positivamente ao corte na produção dos EUA, invertendo a direção observada nos dois primeiros pregões da semana. Até o momento, os ganhos somam cerca de 6%. O USDA estimou a safra norte-americana 2025/26 em 116,8 milhões de toneladas, abaixo das 118,0 MT previstas em julho. Apesar do ajuste positivo na produtividade, a área plantada caiu 3%, reduzindo 1 milhão de hectares.
Os estoques finais, esperados em alta, surpreenderam com queda para 7,9 MT, ante 8,5 MT de julho, devido ao aumento do esmagamento interno, impulsionado pela produção de biodiesel. Globalmente, a produção chega a 426,4 MT, levemente abaixo das 427,7 MT de julho. O consumo permanece em 425,0 MT e os estoques finais mundiais caem para 124,9 MT, próximos ao ciclo 2024/25.
A China mantém estimativa de importação de 112,0 MT para 2025/26 e 106,5 MT para este ano. No Meio Oeste dos EUA, 68% das lavouras estão em boas ou excelentes condições, segundo o USDA, com 91% em floração e 71% na fase de formação de vagens.
Enquanto isso, no Brasil, a produção da próxima safra está projetada em 175,0 MT, com exportações previstas de 112,0 MT. A safra recém-colhida atingiu 169,0 MT. os prêmios perdem referência e tendem a enfraquecer, reduzindo parte dos ganhos de Chicago.//
No mercado spot, os preços indicativos variam de R$ 180 a R$ 200. Para setembro, ficam entre R$ 180 e R$ 210. De acordo com a Granoeste Corretora, no oeste do Paraná as cotações vão de R$ 132,00 a R$ 136,00. Em Paranaguá, variam entre R$ 142,00 e R$ 146,00, dependendo do prazo de pagamento, local e período de embarque.