Sistema financeiro lidera crédito da soja em Mato Grosso
Levantamento do Imea mostra que o sistema financeiro concentrou 35,4% do financiamento da soja em MT na safra 2025/26, em um cenário de crédito mais caro e restrito
Por: Redação RuralNews
Segundo o levantamento Funding Soja 2025, a principal mudança em relação à safra anterior foi a retração das revendas. Recuperações judiciais de grandes grupos e exigências mais rígidas de garantias reduziram a oferta de crédito nesse canal. Como resultado, muitos produtores buscaram bancos e o mercado de capitais, mesmo com juros mais elevados e limites restritos.
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Com a redução do financiamento via revendas, parte dos produtores precisou complementar o custeio com recursos próprios e, em alguns casos, com a venda de ativos. De acordo com o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, o movimento evidencia a pressão sobre o caixa no campo. “O recuo das revendas decorre das recuperações judiciais e da maior exigência de garantias. Assim, o produtor buscou o sistema financeiro, pagou mais caro e precisou aportar mais capital próprio”, afirma.
Apesar do aumento da participação do crédito bancário, o Imea destaca que isso não indica melhora na situação financeira do produtor. Pelo contrário, o avanço reflete a necessidade crescente de recursos em um ambiente de margens mais apertadas. A projeção para a safra 2025/26 aponta uma das menores rentabilidades dos últimos cinco anos.
A inadimplência registrada ao longo de 2024 e 2025 elevou a percepção de risco pelas instituições financeiras. Como consequência, os bancos reforçaram exigências de garantias e elevaram o custo do crédito. Além disso, a taxa de juros segue alta, sem sinal claro de queda no curto prazo, o que limita o ciclo de financiamento e afeta o planejamento de compras e o fluxo de caixa das propriedades.
Mesmo com a diversificação das fontes de recursos, o custo médio da captação aumentou. A compra de insumos passou a ocorrer em janelas mais curtas, enquanto a venda antecipada foi ajustada para preservar liquidez. Para o Imea, o principal desafio da próxima safra será equilibrar custo, risco e gestão financeira em um ambiente de crédito restrito e mais caro.
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Texto publicado originalmente em Destaques
Crédito mais caro e maior aporte próprio
Juros altos e garantias mais rígidas ampliam busca por bancos e uso de capital próprio. Foto: Clara Miranda / Imea
Com a redução do financiamento via revendas, parte dos produtores precisou complementar o custeio com recursos próprios e, em alguns casos, com a venda de ativos. De acordo com o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, o movimento evidencia a pressão sobre o caixa no campo. “O recuo das revendas decorre das recuperações judiciais e da maior exigência de garantias. Assim, o produtor buscou o sistema financeiro, pagou mais caro e precisou aportar mais capital próprio”, afirma.
Apesar do aumento da participação do crédito bancário, o Imea destaca que isso não indica melhora na situação financeira do produtor. Pelo contrário, o avanço reflete a necessidade crescente de recursos em um ambiente de margens mais apertadas. A projeção para a safra 2025/26 aponta uma das menores rentabilidades dos últimos cinco anos.
Risco elevado e desafios para a próxima safra
A inadimplência registrada ao longo de 2024 e 2025 elevou a percepção de risco pelas instituições financeiras. Como consequência, os bancos reforçaram exigências de garantias e elevaram o custo do crédito. Além disso, a taxa de juros segue alta, sem sinal claro de queda no curto prazo, o que limita o ciclo de financiamento e afeta o planejamento de compras e o fluxo de caixa das propriedades.
Mesmo com a diversificação das fontes de recursos, o custo médio da captação aumentou. A compra de insumos passou a ocorrer em janelas mais curtas, enquanto a venda antecipada foi ajustada para preservar liquidez. Para o Imea, o principal desafio da próxima safra será equilibrar custo, risco e gestão financeira em um ambiente de crédito restrito e mais caro.
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