Rota Agro impulsiona escoamento da produção agrícola

A Rota Agro, um dos trajetos mais importantes para a agropecuária brasileira, teve seu leilão realizado nesta quinta-feira (14), em São Paulo. Com 502,8 km, ligando Rio Verde (GO) a Rondonópolis (MT), a rota é estratégica para escoar a produção agrícola e industrial do Centro-Oeste. Além disso, apresenta intenso tráfego de veículos de carga e passeio.

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, “a Rota Agro conecta duas potências da agropecuária brasileira. Investir em infraestrutura garante competitividade e expansão da produção alinhada a melhorias logísticas”.

O Consórcio Rota Agro Brasil venceu o leilão com um deságio de 19,7% sobre o valor de referência. O grupo vai investir R$ 7,26 bilhões em melhorias ao longo dos 30 anos de concessão. Entre as obras previstas estão 45 km de duplicação, 150 km de faixas adicionais, contornos viários, vias marginais, pontos de parada e quatro novas passarelas para pedestres.

Impacto econômico e social

A concessão deve ampliar a capacidade de tráfego e aumentar a segurança, com sinalização, iluminação, monitoramento de acidentes e atendimento médico. Atualmente, 80% das rodovias de Mato Grosso estão em bom estado, contra 67% em 2022. Em Goiás, o índice chega a 86%, ante 70% no fim de 2022. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, “com este trecho concedido, toda a BR-364 passa a ser administrada pela iniciativa privada, consolidando um dos corredores agrícolas mais importantes do país”.

Obras na Rota Agro vão melhorar tráfego, segurança e logística do transporte de cargas do Centro-Oeste. Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária / Divulgação

A agropecuária brasileira cresceu 12,2% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, de acordo com o IBGE. Grande parte dessa produção utiliza a Rota Agro para chegar a centros urbanos e portos. O transporte eficiente contribui para a saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU.

A concessão deve gerar mais de 64 mil empregos diretos e indiretos. Gabriel Freire, do consórcio, afirmou: “Serão mais de R$ 7,5 bilhões em investimentos, cerca de 100 mil empregos e milhões de pessoas beneficiadas. O planejamento bem estruturado vai impulsionar a distribuição de produtos essenciais e melhorar a mobilidade”.