Milho 16-12-2025 | 9:44:00

Milho mantém estabilidade com demanda firme nos EUA

Mercado externo opera com leves perdas, enquanto preços internos seguem sustentados pela oferta limitada e pela demanda crescente

Por: Camilo Motter

Apesar da grande produção global registrada na última temporada, o mercado segue relativamente equilibrado. Além disso, a maior oferta de trigo destinado à ração, que responde por cerca de 20% do consumo do cereal, também contribui para manter as cotações mais estáveis no mercado internacional.
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No Brasil, o mercado acompanha esse movimento com atenção. Segundo análise da Granoeste, os preços internos mostram tendência de firmeza, sustentados por fatores estruturais da oferta e da demanda.
Demanda firme e oferta limitada sustentam os preços do milho no mercado interno brasileiro. Foto: Canva


Safra brasileira avança, mas oferta segue ajustada



De acordo com dados da Conab, o plantio da safra de milho de verão alcança 77,5% da área prevista no país. O índice supera o registrado no mesmo período do ano passado, que era de 75%, e também a média histórica de 70,3%. O levantamento considera todas as regiões produtoras.

A produção da safra de verão é estimada em cerca de 25 milhões de toneladas. Esse volume, no entanto, mal cobre a demanda até a chegada do milho safrinha, prevista para junho. Além disso, o crescimento do uso do cereal na produção de etanol tende a apertar ainda mais a oferta no período conhecido como segunda entressafra, entre abril e maio.

No curto prazo, não se descarta um aumento pontual da oferta. Esse movimento pode ocorrer com a desocupação de armazéns para abertura de espaço à nova colheita. Ainda assim, o cenário geral indica sustentação dos preços.

No mercado físico, as indicações de compra no oeste do Paraná variam entre R$ 62,00 e R$ 63,00 por saca. Já em Paranaguá, os valores ficam entre R$ 68,00 e R$ 70,00, dependendo do prazo de pagamento, da localização do lote e do período de entrega.

No câmbio, o dólar opera em leve alta nesta manhã, cotado a R$ 5,43, após fechar a sessão anterior a R$ 5,419.

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Texto publicado originalmente em Boletim de commodities
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