Mercado de trigo no Sul mantém ritmo lento, com margens apertadas e estoques suficientes até a nova safra
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil continua travado. Além disso, a comercialização no Rio Grande do Sul avança de forma pontual, concentrada em entregas para setembro. Porém, moinhos relatam moagem baixa e margens reduzidas, o que limita novas compras. Assim, os negócios ocorrem, em sua maioria, a R$ 1.380,00 posto moinho nas regiões de Porto Alegre, Canoas e Serra, e a R$ 1.350,00 no centro do estado. Entretanto, operações pontuais chegam a R$ 1.300,00.
A exportação registra comprador para trigo padrão moagem, safra 2025, a R$ 1.300,00 sobre rodas no porto, com opção de reverter para ração. Até o momento, cerca de 4% da nova safra já foi negociada. O preço da pedra em Panambi segue em R$ 70,00 a saca.
Já em Santa Catarina, os moinhos consomem estoques próprios e compram apenas reposição ou oportunidades. Dessa forma, a oferta de trigo gaúcho segue alta, impedindo valorização local. No mercado interno, preços variam de R$ 1.330,00 a R$ 1.360,00 FOB, mais frete e impostos. Além disso, o trigo importado por Paranaguá está mais competitivo que o paranaense.
A venda de sementes caiu 20% em relação ao ano anterior. Segundo a Conab, a estimativa é de queda de 6,3% na produção, mesmo com aumento de 2% na área plantada.
No Paraná, os estoques garantem abastecimento até outubro. Compradores oferecem até R$ 1.450,00 CIF para lotes de qualidade superior, enquanto alguns vendedores mantêm pedidas de R$ 1.500,00 FOB. No mercado futuro, há ofertas de R$ 1.450,00 para outubro e R$ 1.350,00 para novembro.
A grande oferta de trigo gaúcho pressiona preços. Embora o importado tenha reduzido US$ 1/t no spot, por outro lado, subiu US$ 4/t para dezembro.