Mercado da soja recua após forte alta impulsionada pela demanda chinesa

No entanto, o cenário mudou. A terça-feira já trouxe leves perdas e, nesta manhã de quarta-feira, o contrato janeiro recua cerca de 8 cents, sendo negociado a US$ 11,45.

Compras chinesas geram expectativa

Segundo informações de mercado, a estatal Cofco adquiriu aproximadamente 840 mil toneladas de soja nos Estados Unidos somente nos primeiros dias da semana. O setor ainda espera novos anúncios de compra, já que o governo chinês reafirmou a intenção de adquirir 12 milhões de toneladas nesta temporada.

Mesmo assim, o ritmo das notícias tem frustrado parte dos agentes e contribuído para ajustes nas cotações. Ainda assim, analistas reforçam que o patamar acima de US$ 11,00 permanece sólido devido à perspectiva de maior procura nos EUA e ao forte desempenho do esmagamento doméstico norte-americano.

Avanço do plantio no Brasil

No Paraná, o Deral indica que 92% da área prevista já está semeada. A qualidade das lavouras segue majoritariamente positiva, com 92% em boas condições, 7% regulares e 1% em situação considerada ruim. Além disso, 23% das áreas já iniciaram o período de floração. No cenário nacional, a Conab estimava no início da semana que 69% da área de soja estava plantada, ritmo abaixo dos 73,8% registrados no mesmo período do ano passado. Com o foco dos produtores voltado quase totalmente para a implantação da nova safra, a movimentação comercial fica mais contida.

Nos portos brasileiros, os prêmios recuaram após os recentes avanços na Bolsa de Chicago. No mercado spot, as indicações estão entre 80 e 95 pontos. Para janeiro, variam de -5 a +40, e para março, entre -30 e -20. As referências de compra no oeste do Paraná permanecem entre R$ 131,00 e R$ 134,00. Em Paranaguá, os valores oscilam entre R$ 141,00 e R$ 143,00, dependendo do prazo de pagamento e das condições de embarque.
Texto publicado originalmente em Notícias