Soja recua em Chicago, mas clima no Brasil pode acelerar plantio
Após ganhos expressivos na segunda-feira, a soja opera em baixa nesta terça, enquanto o plantio avança no Brasil
O mercado internacional de soja abre a terça-feira em queda e devolve parte dos ganhos do início da semana. Segundo a Granoeste, a posição janeiro recua 3 pontos e é negociada a US$ 11,26, após os 13 pontos de alta registrados na segunda-feira.
Os preços subiram na véspera devido ao fim do shutdown nos Estados Unidos e ao avanço nas negociações com a China. Essas conversas aumentam a chance de retomada das operações com soja. No entanto, o mercado segue impaciente porque ainda não surgiram anúncios de vendas efetivas.
O governo norte-americano afirma que, no encontro de outubro, os chineses se comprometeram a comprar 12 milhões de toneladas nesta temporada e mais 25 milhões por ano nos próximos três ciclos. Além disso, levantamentos privados mostram que a colheita de soja nos EUA já alcança 95%.
O USDA divulgará nesta sexta-feira o primeiro relatório oficial de oferta e demanda após dois meses de interrupção, o que deve trazer mais clareza aos traders e diminuir a incerteza.
Plantio avança no Brasil, mas comercialização segue lenta
No Brasil, a Conab informa que o plantio da safra 2025/26 alcança 58,4%. O índice fica abaixo dos 66,1% do mesmo período do ano passado, mas supera a média histórica de 57%. Com a chegada de chuvas mais regulares no Centro-Oeste e no Matopiba, as lavouras devem avançar melhor nos próximos dias.
Embora o campo ganhe ritmo, a comercialização segue lenta. Muitos produtores seguram os volumes devido às incertezas climáticas e à expectativa de preços mais atrativos no auge da entressafra.
Nos portos brasileiros, os prêmios variam entre 95 e 110 no mercado spot. Para janeiro, estão entre 10 e 70; e, para março, entre -15 e 10. No mercado físico, as indicações de compra no Oeste do Paraná ficam entre R$ 130,00 e R$ 133,00. Em Paranaguá, os valores oscilam entre R$ 140,00 e R$ 141,00, dependendo do prazo de pagamento e das condições de embarque.

Camilo Motter
Possui graduação em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos(1981), graduação em Economia pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel(1985), especialização em Teoria Econômica pela Universidade Federal do Paraná(1989) e mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina(2001). Tem experiência na área de Economia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Maximização da Renda, Informação, Comercialização. É diretor da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR.