Soja avança em Chicago com expectativa de corte na oferta dos EUA
Soja sobe em Chicago com otimismo nas negociações entre China e EUA e expectativa de cortes na produção americana
A soja retomou o campo positivo nesta quarta-feira, com os contratos futuros de novembro subindo 7 pontos e sendo negociados a US$ 11,29. Ontem, o mercado havia encerrado o dia com perdas de até 12 cents, após forte volatilidade. Ainda assim, o grão vive seu melhor momento em quase um ano e meio, segundo análise da Granoeste Corretora.
O otimismo internacional é impulsionado pela decisão da China, que reduziu tarifas de importação para uma série de produtos dos Estados Unidos. Apesar disso, a alíquota de 13% sobre a soja norte-americana continua em vigor. Mesmo assim, o gesto é visto como um avanço diplomático importante, reforçando as expectativas de novas rodadas de negociação comercial.
No curto prazo, investidores aguardam sinais concretos de novas compras chinesas de soja dos EUA, mesmo com o produto norte-americano ainda mais caro que o sul-americano. Paralelamente, a colheita nos Estados Unidos entra na reta final, e o mercado aguarda o relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para 14 de novembro. Analistas esperam possíveis cortes nas estimativas de produção.
Mercado interno segue atento ao clima
No Brasil, o ritmo de comercialização continua lento, com os produtores focados no plantio da nova safra e na observação das irregularidades climáticas. Essas variações, especialmente no Centro-Oeste e no Matopiba, podem ser decisivas para a evolução dos preços nas próximas semanas.
Enquanto isso, os prêmios nos portos brasileiros permanecem pressionados, o que limita as altas no mercado doméstico. No spot, os prêmios variam entre 80 e 100 pontos, enquanto para dezembro os valores ficam entre 75 e 95. Já para março e abril, as indicações estão negativas, entre -15 e 30 pontos.
As indicações de compra seguem estáveis, com negócios no oeste do Paraná entre R$ 132 e R$ 135, e em Paranaguána faixa de R$ 142 a R$ 144, dependendo do prazo de pagamento e local de embarque, conforme levantamento da Granoeste.

Camilo Motter
Possui graduação em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos(1981), graduação em Economia pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel(1985), especialização em Teoria Econômica pela Universidade Federal do Paraná(1989) e mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina(2001). Tem experiência na área de Economia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Maximização da Renda, Informação, Comercialização. É diretor da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR.