Confederação participou do debate sobre os 50 anos da estatal e reforçou ações de sustentabilidade
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na terça-feira (9), de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre os 50 anos da Embrapa Cerrados. Segundo a Confederação, o debate destacou a importância da pesquisa agropecuária. Além disso, ressaltou a inovação para a sustentabilidade da produção e a preservação do Cerrado.
A assessora técnica da CNA, Jaine Cubas, enfatizou a colaboração entre a Confederação e a Embrapa. Essa parceria ajuda os produtores a se adaptar às legislações ambientais. Ela destacou que a Embrapa trouxe inovações que aumentam a produtividade sem expandir áreas agrícolas. Assim, contribui diretamente para a conservação do bioma.
Um exemplo é o projeto Biomas, que pesquisou espécies de árvores com fins econômicos e ambientais. Além disso, o projeto orienta o produtor sobre a melhor espécie para Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL). Consequentemente, resultou na ferramenta Web Ambiente, que oferece soluções para recuperar áreas degradadas. “Hoje, há cerca de 9 milhões de hectares de RL, APP e uso restrito em propriedades privadas. Portanto, o produtor é o principal agente desse processo”, afirmou Jaine.
Outro destaque foi o projeto FIP Paisagens Rurais, que ajudou produtores a conservar áreas ambientais do Cerrado. Além disso, incentivou o uso de tecnologias de baixa emissão de carbono. “O projeto serve de modelo para outras estratégias e políticas públicas voltadas ao bioma”, reforçou a assessora.
Jaine Cubas também comentou a atuação da CNA em iniciativas como o RetifiCAR e o PRAValer. Essas ações auxiliam na regularização ambiental das propriedades. Ela explicou que, após a análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR), é feita a retificação de pendências. Em seguida, o produtor recebe orientação sobre as melhores estratégias para recuperar passivos ambientais.
Ao final, a assessora parabenizou a Embrapa pelos 50 anos de trabalho. Além disso, reforçou a importância de ampliar ações que promovam a sustentabilidade da agricultura brasileira.