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Com menor produção, importação do trigo cresce em 2024

As desvalorizações ao longo de 2023 e perdas no campo diminuíram a rentabilidade e o apetite do produtor por elevar a área em 2024.

Redação RuralNews
Publicado em 02/01/2025 | 17:23:00


Após quatro anos apresentando crescimento de área, produtores reduziram o cultivo de trigo em 2024.

As desvalorizações ao longo de 2023 e perdas no campo diminuíram a rentabilidade e o apetite do produtor por elevar a área em 2024.

O lado positivo é que a produtividade teve recuperação parcial no ano, mantendo a oferta em linha com a observada em 2023.
Logomarca mini RuralNews Trigo - Preço médio - Rio Grande do Sul
Data
Valor R$/T
Var./dia
Var./mês
Valor US$/T
03-01-2025
1.260,67
0,00%
-0,04%
203,93
02-01-2025
1.260,67
-0,04%
-0,04%
204,49
30-12-2024
1.261,13
0,00%
0,38%
204,07
27-12-2024
1.261,13
0,00%
0,38%
203,67
26-12-2024
1.261,13
0,00%
0,38%
204,17
23-12-2024
1.261,13
0,00%
0,38%
203,74
20-12-2024
1.261,13
-0,07%
0,38%
208,11

A demanda, por sua vez, se manteve firme, resultando em necessidade de importação.
Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária

Dados da Conab apontam que a área na safra 2024 foi 11,9% inferior à anterior, somando 3,061 milhões de hectares.

Já a produtividade foi estimada em 2.634 kg/ha, 13% maior que a da temporada passada.

Assim, a produção da safra de 2024 foi projetada em 8,064 milhões de toneladas, ligeira queda de 0,4% frente à de 2023.

Quanto aos preços, levantamento do Cepea mostra que tiveram ligeiras quedas no 1º trimestre de 2024.

No 2º trimestre, as cotações encontraram sustentação nas valorizações externa e do dólar e também nas preocupações relacionadas ao cultivo de trigo no Sul do Brasil – vale lembrar que o Rio Grande do Sul atravessou uma catástrofe climática, que gerou expectativa de menor cultivo e/ou de impossibilidade de cultivo em parte do estado.

O período de entressafra também era motivo de sustentação de preços.

Os maiores preços médios de 2024 foram registrados pelo Cepea em julho, impulsionados pela menor disponibilidade de trigo e pela demanda aquecida.

Porém, nos meses seguintes, as importações crescentes acabaram exercendo pressão sobre as cotações, contexto que se prolongou até final do ano.

A partir do final do 3º semestre, o avanço da colheita e os estoques favoráveis nos moinhos reforçaram a pressão sobre os valores domésticos.

Fonte:Cepea

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